terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Química

Sempre gostei de Química no liceu. Sabia a tabela periódica de cor. O que, considerando o local onde era o liceu, poderia ter dado para o torto. Fazer um composto qualquer e deixar na sala para o pessoal não ter aulas seria o mais normal.
Mas não. Deu-me antes para entender que na vida tudo é química. Que há coisas que não se podem combinar e outras que foram feitas para se completarem uma à outra. Uma espécie de caldeirão do druida que, no final, faz os compostos virarem ouro. Ou qualquer outra coisa muito valiosa. 

Química é o que justifica a maior parte das reacções que temos. Uma em particular: atracção. Não é uma questão que se explique. A física é o movimento dos corpos. A química o movimento das almas. Junta-se a fome com a vontade de comer, já dizia a minha avó. Um eu-quero com um eu-também. 
Não é um íman, apesar de ser magnético. É mais um tipo de energia contida que rebenta quando exposta a outra energia. Um big, que se junta a um bang. Um "não havia nada e de repente apareceu tudo". Diz que foi assim que isto começou. O Mundo. E quem, num ápice, se torna o nosso mundo. 
Adiciona-se isto e mais aquilo e o composto não podia ser melhor. 
Apesar de também existirem acidentes, quando se juntam 2 elementos que dão asneira e empestam a sala (vida??) onde se está, gosto mais de pensar que a química é do "bem". Uns usam-na para degenerar algo, mas ela existe para o que de melhor existe. A faísca. A vontade. De querer mais. De fazer mais, de chegar mais longe. De estar. Agora e mais daqui a pouco.


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