quinta-feira, 23 de julho de 2015

Hashtag my life

A equipa de Marketing da melhor empresa de transporte expresso do Mundo anda numa de escrever tudo em hashtags. É cada barrigada de riso!!
Um dia destes, ainda nos sai um emailing à freguesia com um #nãoseicomoéquenãonosentregamesmoasencomendastodas.
É que isto entranha-se em nós!! Na vida, devíamos poder colocar # no que nos apetecesse. Há um vídeo do Justin Timberlake e do Jimmy Fallon a terem uma conversa surreal com isto.....talvez não precisemos de chegar a tanto.
Mas era bem giro! Imaginemos ir a um restaurante com um serviço 5 estrelas. #voucávoltarnaboa #serviçotop. Esta coisa, entre amigos, até se tornava publicidade não paga (sim, eu sei para que servem as hashtags...).
Agora pensemos numa pessoa que nos chateia até ao tutano. #deusmedêpaciência #jáfaleciasnão? Ou que vai à nossa frente no trânsito, tranquilamente no meio de duas faixas: #oufazesoudesocupasamoita #olhaqueissonãoéfaixa... Ou na linda roupa que alguém usa: #deixaramtesairdecasanesseestado #jácompravasumespelho. Aquela pessoa que não pára de fazer inveja com fotos na praia e tu a trabalhares (pr'á semana sou eu, ehehehehehe): #issoéumtubarãoatrásdeti? #boladeberlimengorda #vêláondeéquemetesoselfiestick #éfrutóchocolate.
Isto é mesmo divertido! Ou ir a um festival e ouvir uma música #myass. Ah, espera, isto aconteceu mesmo no Alive..... E tentar descortinar o que os alemães dizem? #nãosepercebenada #dêemláacanjaàgorda. Eh pá, ficava nisto o dia todo!! Mas não dá que #amanhãédiadetrabalho #jádeuoVitinho. 
Quem não entendeu, tem bom remédio: #meteumarolha #voutomarasgotasejámepassa.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

It was (not) a dream

Por vezes penso no que já vivi....e muitas delas no que ainda vou viver.
Creio que o melhor está para vir e talvez por isso não goste de fazer planos a muito longo prazo. Sonhar sim. Adoro.

Que ainda vai valer (mais) a pena viver com esta ideia de que existe justiça. O que merecemos está guardado para cada um de nós. 
Que é possível ser-se completa e irremediavelmente feliz. Sem andar a pedir isto ou aquilo e somente gozar muito o que se tem.
Que aprendemos mesmo com os erros e que não os repetimos. Não esquecer o que aconteceu mas perdoar(-nos).
Que não há limites no gostar. Cada dia mais que no anterior.
Que conseguimos respeitar-nos uns aos outros. Sem invadir o espaço de cada um e sem censura. Lá porque não concordamos não temos de crucificar ou queimar na fogueira....
Que depois de um dia mau vêm 85 dias bons. Ou 850 mesmo...
Que quem eu amo vai conseguir perceber o quanto....
Que podemos rir, dançar e cantar como se não estivesse ninguém a ver. Ou seja, que não somos criticados por sermos um bocadinho mais bem-dispostos que a maioria, ou por acreditarmos que este Mundo já é tão difícil a sorrir, então se andarmos de trombas.......
Que se pode comer tudo o que se quer, sem se engordar (ah, espera, esta sou eu....por enquanto, pelo menos!) ou sem ficar doente.
Que o facto de dormirmos menos num fim de semana porque houve noitadas ou festivais ou mais-não-sei-quê não se ressente na semana seguinte. Tretas, isso são os sub-40....nem em sonhos, ok?? 
Que um dia fico mais certinha e deixo-me de devaneios. Não creio...e penso que não tinha piada nenhuma!

Talvez tudo isto seja só um sonho, mas espero não acordar....


P.S: when I saw this sign I knew it meant just the opposite - that one day it can mean that the dream finally came through.... 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Confortável vs Feliz

Numa conferência interna (isto quer dizer que foi só para eles, não houve público a assistir) que uma seguradora organizou hoje, sobre o tema da Inclusão e Diversidade, relembrei-me que há toda uma diferença entre estar feliz e estar confortável. As minhas colegas de mesa (sim porque eram só mulheres, dos mais diferentes quadrantes da sociedade) foram dissertando sobre o que é preciso para mudar a sociedade e as empresas de forma a que a inclusão (das mulheres, bem entendido, mas não só) seja uma realidade o mais cedo possível. Isto parecerá estranho, porque vivemos no século da integração, colaboracionismo, partilha, etc e tal, e é esquisito voltar ao "vamos lá queimar soutiens". 
Mas a verdade é que não é fácil ser mulher, mãe e desempenhar um cargo importante numa ainda mais importante empresa. É todo um exercício de esforço. De acreditar. De desesperar, por vezes. De sentir que se faz a diferença, mas também de se ficar muitas vezes com culpa. De não termos tempo para nós, para o que gostamos/queremos fazer, para a família, para amarmos mais.
No final, isto para abreviar o que foi uma muito produtiva conversa de 2 horas, chegámos à conclusão de que é a educação (por um lado das mulheres e, por outro, dos próprios homens) que fará a diferença nesta coisa da integração. E não tanto as empresas serem obrigadas a ter quotas mínimas de mulheres ou de pessoas com deficiência ou mais não sei o quê de "minorias". E sobretudo o sermos humanos. Não acharmos que somos máquinas, sem sentimentos, sem possibilidade de queimar um ou dois fusíveis, vivendo num corre-corre porque decidimos fazer mais isto ou mais aquilo que nos pedem ou que achamos que temos de fazer. Parar, dizer não, ou, simplesmente, dizer sim. Ao que nos faz mesmo sentir felizes e não somente confortáveis. Porque é sobre isto que versa este texto: ser feliz não é, de perto nem de longe, o mesmo que estar confortável.
Gosto muito do meu sofá. Já lá fui muito feliz. Mas ele existe para eu estar confortável, só isso. Para ser mesmo feliz, saio do sofá e vou fazer o que gosto e me faz...feliz. Seja ir a um concerto (ai, Sam Smith, tu volta lá rapidinho a Portugal e traz o Adam Lavine contigo.....e o John Mayer, já agora!), seja ir almoçar ou jantar com amigos, ou ir ver um filme que não vale um caracol mas que deixa a mulherada aos saltos....e felizes, pois claro!
Eu sei do que preciso para ser feliz. Pena é que esteja demasiado ocupada, na maioria das vezes, com coisas que me dão conforto. Financeiro (quer-se dizer.......dá para pagar as despesas, vá...), profissional (não me imagino em casa a ir de manhã ao ginásio, à tarde ao cabeleireiro e tomar chá com as amigas....) e até pessoal (gosto muito do que faço, onde faço, com quem faço...e só estou a falar do emprego, ok??). Mas é uma pena que também insista em gostar e me dar com quem tem esta mesma mania de estar "confortavelmente" na vida. E não forçosamente "feliz". Li hoje uma frase que dizia "eu não quero ir para o Céu. Porque os meus amigos não estarão por lá". Se existe essa coisa do Inferno (por acaso estou quase certa que não. Passamos cada coisa neste Mundo que o outro só pode ser uma coisa espectacular. E quem não padece, deve ir, de castigo para uma cave escura e fria. Agora aquele calor fantástico, cheio de luz emanada do fogo, com um tipo que se veste de vermelho, isso deve ser uma espécie de spa para os escolhidos!), é somente para quem se porta bem.....os maus vivem no limbo, numa espécie de vazio, numa não-existência. É o que acredito, e isso faz-me feliz!

Vou ali ser feliz e já volto. Ponham-se confortáveis enquanto esperam.....

sábado, 4 de julho de 2015

Aquelas coisinhas que vivem na cabeça

Finalmente um post sobre piolhos e lêndeas, pensarão. Não, ainda não é desta!!
É mesmo de pensamentos.... Sentimentos não tanto, que esses (pelo menos eu....) guardamo-los no coração.
Isto a propósito do filme Divertidamente. Ir ver com 3 miúdas pré-adolescentes põe as próprias a chorar e as mães a explicarem umas coisas. Eu à minha, sei que tive de o fazer... Porque sai mesmo à mãezinha, benza-a Deus!!!! 
Sabes como se afasta a tristeza? Chorando. Traz a alegria de volta, diz-que! Duas personagens sem as quais não se vive. Sempre de mãos dadas, o que uma faz a outra desfaz. 
A raiva tem muita piada. É das minhas!!! É agora que expludo e digo palavrões.... Leva-nos a fazer e dizer coisas sem pensar, mas livra-nos tantas vezes da tristeza....
O medo não nos deixa avançar. Alimenta-se do que mais sinistro temos escondido e agiganta-se se o deixamos. Não traz a tristeza mas certamente não nos permite abraçar a alegria. 
A repulsa protege-nos do que nos pode fazer mal. Está lá para nos por um travão e costuma trazer o medo consigo. Muitas vezes provoca a raiva.....até se pode tornar uma porreira, afinal.
Voltamos ao princípio: alegria e tristeza. Eu não permito que a segunda vença, sou uma das mais fervorosas adeptas da primeira. Quem me conhece sabe que até dou pulinhos…mas acontece-me, agora mais que nunca, entender porque podemos andar tristes. Escondemo-nos nas convenções sociais e não permitimos que a felicidade viva declarada no nosso rosto, no que vivemos. Se eu pensasse menos, era tão feliz. São tão poucos os dias em que sou mesmo feliz. Acho mesmo que são somente umas horas na semana. Tudo expressões que calamos e que só revelamos ao ser que mais profundamente nos conhece e que não nos censura. Aquele que nos faz feliz. Por minutos, horas, dias. Que nos coloca um sorriso nos olhos e a alegria na boca. Que afasta o medo, atenua a raiva, nunca nos traz repulsa, apaga a tristeza e nos faz crescer a alegria. Pelo qual sentimos que vale a pena. Por minutos que se tornam a razão de ser do nosso viver. Mas porque esse mora no coração apesar de nos agitar o cérebro, terá de ficar para outro dia. Para um outro filme.

P.S: há coisas do camandro! Eu a ler um livro da Pixar (quer dizer, ensinamentos à moda deles) e surge este filme. Os tipos são uns génios. Como é que cores, formas do corpo ou do cabelo nos levam a criar associações tão directas a pensamentos, a sensações?? Os miúdos acham piada mas estes filmes são mesmo é para os crescidos. As entrelinhas são demasiado complexas.... Cheira-me a sequela, não tardará!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Romances da vida

(Ao som de Best Mistake da Ariana Grande)

A vida, se não é, devia ser um romance. Não porque no término de tudo o que procuramos esteja um pote de ouro ou um final feliz, mas porque sem romancearmos as situações, a vida não tem piada.
Sou inconformada. Não me dou por satisfeita com o que tenho. Quero sempre mais. E melhor. Ser, fazer e sentir, sempre melhor. É uma chatice porque a vida não nos permite isso e geralmente desconfia-se e não se trata bem quem anda eternamente à procura de mais-não-sei-quê.
Não me arrependo de nada na minha vida, já o disse centenas de vezes. Já tive tantos erros, isso sim! Mas serviram para aprender. Que a vida é um romance. Dos que acabam bem. Em que os vilões têm o que merecem e os bonzinhos vivem felizes para sempre (isto é mais as princesas da Disney...). Há erros, no entanto, que, se o são, seguramente serão o que de melhor nos aconteceu. Tal como a casca de banana debaixo dos pés da loura na anedota (ó pá, lá vou cair outra vez....), são daquelas situações em que reincidimos. Com todo o gosto. Conscientemente. 
Já não censuro ninguém por nada, concorde ou não. Porque é o que decidiram fazer e têm de viver com isso. Agora, se não é o romance que idealizámos e sentimos que os capítulos não avançam de forma a que nos sintamos bem, mais vale mudar o argumento. Alterar as personagens ou o rumo da história. Acredito em finais felizes (se não é feliz, não é o final) e em irmos atrás do que nos faz sentir bem. Nem que a Lua ou as estrelas despenquem do céu. Porque o tempo está a desperdiçar-se e isso, parecendo que não, é um desperdício.... 
Não dispenso um "gosto de ti", um "sinto a tua falta", ou um "vem cá ter ou vou eu aí". Agora mesmo. Não consigo deixar por dizer, ainda que chateie os outros com isso.
If you were a mistake, you'd definitely be my best mistake. But you are not. Life must always be a romance. One with meaningful I love you's. Lots of I miss you's, even if we've only been apart for 10 minutes. With wish you could be here with me, or me there with you, all the time. When it's up to us to write the novel or when it's not. We never know what tomorrow brings but one thing is for sure: if it feels, looks, sounds, tastes right, than it is, for sure, not a mistake. 
Mas posso ser eu, que sou uma romântica...