quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Obrigada, thank you

Algumas coisas nascem connosco. Ou são-nos ensinadas. A boa educação por exemplo.
Sempre fui (e ainda sou, mas um bocadinho menos...) vidrada na ideia de agradecer. "Obrigada" era quase sempre a forma de terminar uma conversa ou um e-mail. Agora faço questão mais vezes de mostrar. Para que os que sabem que lhes estou grata fiquem com a certeza. Quem achar que lhe mereço um agradecimento, sinta-se incluído nestas palavras!

Pode não se acreditar em Deus. No Senhor-lá-de-cima. God all mighty. O Criador. 
Isto é como a educação, quer-me parecer. Nasce connosco. E ensinam-nos. Eu acredito. O meu irmão não! (mas crê em "algo"...e talvez  lhe chame outra coisa qualquer!) E fomos criados pelas mesmas 2 pessoas. As mesmas que nos ensinaram a agradecer.
Eu faço-o muito ao Senhor-lá-de-cima. Embora acredite em tudo e mais um-par-de-botas (a minha casa é um bocadinho esquizofrénica....desde budas, shivas, olhos turcos, espanta-espíritos, dreamcatcher, máscaras africanas, há cá de tudo!), confesso que quando se trata de agradecer é mesmo ao Todo-o-poderoso que o faço. Por me fazer passar por coisas que costumava dizer que jamais aceitaria. Por me fazer ver que há sempre 2 lados da história e que nem tudo o que parece é. Que seguir a nossa intuição ainda é o melhor caminho. A tecnologia nunca vai lá chegar. Ao gut feeling. Ao "porque sim".
Tenho aprendido muito com o "deixar ir", o tudo-tem-uma-razão-tu-é-que-não-sabes-qual-é. Nada é mais libertador que isto. Embora deixe aquela sensação do "ok, mas já te despachavas com a cena"...e eu digo-Lhe tanta vez isto, coitado!! Apesar da velha história de que um dia ainda vamos perceber porque é que isto ou aquilo aconteceu (ou não) ser uma verdadeira chatice, não há como o contrariar. E parece que ter de continuar a não ter o que se queria pode ser uma benesse. 
Whatever! O que estou grata por ter na minha vida é a Paixão. Por viver. Por algumas pessoas. Por comida! Por ter nascido e poder continuar a viver no país mais bonito do Mundo. Por me terem dado bom humor ao invés de mau feitio (ah, espera, parece que há quem não concorde...adiante!) ou este hábito de dizer que gosto ou que não gosto e não uma atitude insossa de "mais-ou-menos". Por ter o riso fácil. Por ter esta mania de dar "feedback": pedir para avisar quando chegar, desejar boa sorte e perguntar como correu. Por ser voluntariosa (tanta vez já me tramei por não conseguir evitar o "queres ajuda?"...). E especialmente por parecer um furacão! É com tudo. Que amo. Que vivo. Que faço seja o que seja. Não sei ser só "um bocadinho". 

Truth is I don't even try being some other way. Those who hate it (me?) must feel terrible. But I guess there are much more of those who somehow have found a way of loving or just appreciate it! I am very thankful for what I have now. Even if some things could fit a little bit more then they do. Even if I keep wanting other to be faster. For getting the chance to know you. And love you. For all you are. And for what I am when I'm with you...

 Resultado de imagem para thank you tumblr

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Vida, morte, amor

Queria muito assistir ao filme Me before You (Viver depois de ti, em exibição nas nossas salas de cinema). Apesar de já saber o final queria mesmo ver.
Além da BSO ser genial (espreitem lá no final deste post o link à música do meu amigo Dan e os restantes Imagine Dragons) gosto particularmente do humor britânico que o trailler trazia aqui e ali. 
Posso ser uma chorona, e se calhar por isso mesmo vos digo que é melhor não irem ver....

Lembro-me de uma aula no liceu em que tínhamos de fazer um debate sobre a eutanásia. A mim calhou-me a defesa do tema. Recordo os argumentos usados. Que me mereceram um Muito bom do professor. E foram mais ou menos os mesmos que aqui se apresentam.
Não há nada que eu mais defenda que a Vida. Ainda que não se torne mais simples para a frente. Quite the contrary..... Mas também percebo o que pode levar alguém a querer terminar com o sofrimento. Direito à dignidade na vida e na morte. Ser a pessoa a decidir se quer ou não continuar a sofrer....

E como é que se liberta alguém que se ama profundamente porque está a sofrer? Como é que deixamos o nosso egoísmo e abraçamos o do outro? O amor maior pode ser esse mesmo: letting go. Ainda assim, eu sou a pessoa mais self centered do Mundo e gosto de pensar que o amor salva tudo. Até ao fim.
Agarrar a vida com as duas mãos. E os pés. E o que mais tiver de ser, mas ir sem lutar é que não. Quando se está próximo de uma experiência de quase-morte, ninguém sabe o que se sente, o que se sonha, o que se pensa ou como se imagina que será o futuro. Só mesmo quem lá está. Tendo dito isto, só mesmo com amor pela Vida e por nós mesmos é que decidimos o que fazer. For myself. I wont go. Not today. É isso que gosto de imaginar que nos cruza o pensamento.
Na minha visão romântica da coisa, quando nos acontece a maior prova de vida de sempre e a superamos é porque algo fantástico está para acontecer. Porque não era a nossa hora. Porque faltava viver a coisa mais extraordinária de todas: o amor maior. Por alguém, ou por nós mesmos. Ou ambos!
E ver o sorriso de alguém que amamos assim que acordamos, poder beijá-la intensa e profundamente até ao fundo da alma, pisar a areia molhada, mergulhar no mar, ver a gigantesca Lua que hoje está no céu, sentir o calor do Sol na pele, cheirar um perfume que tanto gostamos e nos traz de volta as memórias mais queridas que temos, são algumas das imensas coisas que nos justificam esta infindável vontade de viver. 

Não vão ver, a sério. Porque sentimos a impotência, a (in)justiça, o "porquê-comigo". Ou então sim. Para sorrirem, rirem, chorarem. E perceberem que somente o amor justifica as nossas decisões. 

You show them Dan! https://www.youtube.com/watch?v=trig1MiEo1s



terça-feira, 2 de agosto de 2016

(A)gosto

São muitas as referências ao mês de Agosto na música portuguesa. 1º de Agosto dos Xutos (dedicada a todas as pessoas que celebram, como eu, aniversário nessa data 😉) ou o melhor dia para casar do Quim Barreiros... Porque se não é o melhor mês de todos, então não sei qual é (sim, pois!).
São as férias, a praia, o Sol bem alto, o mar. E a vontade de ser feliz. Com muito gosto.... Um ficar sem horários. Muita comida, mergulhos sem fim. 
Melgas, mosquitos. E outros bichos. Faltam só as borboletas. Irrequietas. No estômago. O desejo de um por do sol diferente que só elas trazem. Porque tu não estás...
Agosto traz calor na pele e no coração. Gente que volta a casa. Nem que seja por poucos dias. Porque a felicidade sabemos bem onde está, ainda que tenhamos de tomar outros rumos "porque a vida assim o exige". Mesmo que seja entre um olá e um até-um-destes-dias, importam mesmo e só os momentos em que entregamos tudo a ser felizes. O "avisa quando chegares" traz a certeza de que as borboletas por vezes se alojam noutras barrigas. De inquietação ou saudades. 
Dourado na pele e vermelho fogo no coração. Gosto muito... E de borboletas!