sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Tudo o que nos faz feliz no Natal

Eu sei bem o que me faz feliz.
É mais ou menos o que faz qualquer outra pessoa feliz. Mas na simplicidade das coisas ainda está a magia.
Ter as pessoas de quem gostamos perto de nós, e todas elas estarem bem.
Estar um dia de Natal frio e ensolarado. Eu já não posso com a chuva...então com sacos carregados de presentes e comida ou mai-não-sei-quê-que-tanto-gostamos-de-passear-com-nas-Festas.....
Beber litros de Coca-Cola quando se comeu demais....ou só porque sim! (já me patrocinavam o blog, hem???).
Receber nesse dia (e em todos os outros, já que falamos nisso....) o presente que mais desejamos. Algo tipo "all I want for Christmas is you"....
Ter uns diazinhos de férias quando achamos que estamos mesmo no fim das forças. Irra, anozinho difícil e trabalhoso....
Aproveitar os 1ºs dias de promoções. Podiam ser é uns dias antes....encontrar o que comprámos na semana anterior com 30 ou 50% de desconto é assim a modos que chato!

Eu noto que cada vez é mais pequena a nossa lista de desejos. Não porque já tenhamos tudo, mas porque exigimos menos. Porque cada vez mais as coisas mais pequenas são as que fazem a maior das felicidades!
Para mim é ter tempo para escrever, para ligar, para enviar mensagens. Ou para ser eu do lado de cá do telefone a receber isso tudo.... 
Para vocês é o que quiserem. Contando que vos faça feliz e sentir como se todos os dias fosse Natal....


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Balanços, pois claro

Numa palavra descrevo este ano: estranho. Talvez dividido em várias partes. 
Primeiro trimestre inquietante, breath taking. Incomparável, inesquecível, imprevisível. 
Segundo trimestre de términos. Do que era dado como adquirido, de novos começos, de inquietação, de viver com o coração na mão. 
Terceiro trimestre de pausas. Para arrumar ou desarrumar de vez o que se pensa, o que se sente. De preparação para o resto do ano. 
Quarto trimestre de surpresas. Das boas, das menos boas. De muito trabalho, de muita expectativa. De rir e chorar. De cansaço e alegria. De "gosto de ti" sentidos. De pensar nisto da vida, no que raio cá andamos a fazer.
Não pode ser só acordar, correr o dia todo, dormir, e recomeçar. E o que fica de nós no que fazemos? E o que é de nós nos outros e deles em nós? 
Não ter tempo para amar, mas amar mesmo. Não é isso que quero para mim, muito menos quando 365 dias novinhos se aproximam. Para acreditar que vai tudo ser melhor. Como no primeiro trimestre, com esperança, excelentes memórias, certeza de que "isto sim é viver, isto sim é ser feliz". Menos confusões, menos incertezas, menos zangas, mais "vale a pena", mais, muito mais acreditar. 
Foi um ano em que fiz mais quilómetros de avião (milhas, diz-se milhas.....) e de automóvel que em qualquer outro na minha vida. Porque o trabalho assim o obrigou, já que passeio foi poucochito. Mas aproveita-se sempre, claro! As reuniões estilo Allô-Allô (tantos sotaques, que quase imagino o René ou o maluco do polícia britânico a gritar "I have a massage forr'yu!), os almoços estilo come-se-tão-bem-em-Portugal-que-saudades, as palestras para sala cheias ou quase vazias nos cantos mais recônditos de Portugal (sim PME Digital, foram muitas horas de evangelização sobre o Pick me!...). As horas intermináveis nos aeroportos. Por vezes com surpresas agradáveis (ainda nem acredito que tive lata para tirar uma selfie com o Dan dos Imagine Dragons!!!!!) mas na sua maioria com o "corre para a porta A51, afinal é na B36". 
Em jeito de balanço, gostei deste ano. Amei e amo muito. Fui e sou muito amada. Mas sem complicações era tão melhor. Podia não servir para aprender, para perceber o real valor das coisas. É bom ser surpreendida....embora ser assegurada de que há coisas que são permanentes faz falta e sabe bem.
Venha 2015. Que me surpreenda e seja "the year of my life". At least this one that now ends was a great preparation for it... Sê bem-vindo. 
2014, obrigada pelo que me ensinaste, pelo que me deixaste viver. Acredita que deixas grandes memórias. Aos que fizeram parte da minha vida neste ano, obrigada. Aos que repetem a dose para o ano uma mensagem: nunca mais aprendem?? Ainda lêem estas cenas?? Pronto, está bem, deixem-se ficar aí que estão mesmo muito bem :)



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Os dias são bipolares!

Hoje foi um dia bom. Assim 20 estrelas! Para contrabalançar os maus....estilo ontem e uns quantos para trás. Chego ao estaminé ou regresso a casa sem saber muito bem como, o que se passou no caminho. Os dias precipitam-se, as semanas voam. Tenho tanto a sensação de que a vida se me escapa pelo meio dos dedos, estilo um punhado de areia que, quanto mais apertamos, mais nos foge. Penso que o equilíbrio da vida é esse (o espírito do amor e da amizade também): se apertarmos demais, sufocamo-lo, se abrirmos a mão demais, foge-nos.
Mas dias mesmo bons escasseiam, porque não temos tempo para mais que andar para a frente. Erguer a cabeça, sacudir as lágrimas, tomar coragem....e avançar. A vida encarrega-se de se compor....para um lado bom ou mau. 
Eu não sei sobreviver. Só Viver, assim mesmo, com letra grande. Amar muito, a quem me merece (e são alguns. E bons!). Ainda que eu não consiga explicar porque é que gosto, a verdade é que não consigo esconder ou deixar de o dizer quando gosto. Nos dias bons, como hoje, e nos maus. Há quem conheça até as minhas entrelinhas, os meus sorrisos tristes (são raros e só querem mesmo dizer que estou cansada, sim LV?? Se leres isto, sabes que te agradeço pelo teu cuidado...). 
Já imagino que amanhã vá ser um bocadinho pior....mas deve dar para chegar às 2 estrelas. Com a média dos dias, pode ser que dê positivo :)
Sinto tantas saudades de ter semanas inteirinhas boas. Agora é só bipolaridade dos dias: estou tão bem....afinal já me sinto mal. Ponho os pés no chão nos dias em que corre tudo bem. Nos outros sinto que pairo uns 2 palmos acima do chão. Segundo um texto que li, significa que Alguém me está a levar ao colo. Coitado, já Te devem doer os braços....ainda bem que sou só 50 kgs de gente! Nos dias maus, porque nos bons devo ter pr'aí meia tonelada!!
Não queria nada que tivesses de te ir embora. Era tão bom que ficasses comigo pelo menos 1 semana seguida.... Dia bom, gosto de ti. Diz lá ao gémeo terrível que vá ver se estou ali na curva. Raio dos dias, que vêm com o feitio aos pares, por vezes com diferença de horas.....é mais ou menos como os morangos, mas sem o sabor fantástico que nos deixam. E sem a vontade de desfrutar de mais uns 30 ou 40! Se não perceberam, deixem lá, devo ser eu que tenho os dias (ou outra coisa qualquer....) trocados!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Assim são as mulheres!

Não sendo tarefa fácil, vou tentar explicar o que são e como pensam as mulheres!
A primeira coisa que vemos é uma mulher. A parteira e a nossa mãe (de cesariana até pode ser um homem...mas deixem-me lá elaborar a história...). Quererá dizer que as mulheres serão sempre marcantes.
Não adianta tentar entender as mulheres. Tantos tentaram e falharam.... Se ofereces flores, já fizeste alguma, se não ofereces é porque "nunca pensas em mim". Irra, bicho difícil!
Para mim, uma verdadeira mulher é aquela que quando sai da cama e põe os pés no chão, deixa o Diabo a dizer "bolas, ela acordou". Porque quando vai, vai com tudo!
Fazemos várias coisas ao mesmo tempo e temos o condão de irritar profundamente até as outras mulheres que se atravessam no nosso caminho.....seja atrás do volante (deixar passar alguém à frente não é pecado, sim irmãs??), seja à distância. 
Pensamos demais. Sonhamos demais. Preocupamo-nos demais. Acho que até amamos demais.
Alguém me disse um dia que uma mulher só esquece um homem com o tempo. Por culpa deste ou porque o tempo disso se encarregou. Não adianta tentar explicar porque razão uma mulher ama, ou deixa de amar. Quando ama mesmo, é como se a distância entre ela e o homem que ama seja tão ténue quanto a linha do horizonte. Mar e céu separados por um espaço tão pequeno que não se percebe onde começa um e termina o outro....

Tudo é um bicho-de-sete-cabeças. Não temos nada que vestir, ainda que o armário esteja a abarrotar de coisas que já não usamos. Gritaria com os filhos significa que os amamos acima de tudo. Que são nossos, mas sobretudo que nós somos deles. Quando mulher não grita, fujam, algo muito mau vai acontecer (terramoto? Vulcão em erupção?).
Temos sempre a mania de que a culpa é nossa: porque a casa podia estar mais isto ou aquilo, podíamos dedicar-nos mais aos miúdos, à cara-metade, a fazer exercício, a fazer dieta (que mania, credo!!), ai que nem tenho tempo para ir tomar cafézinho com a amiga que tanto precisa....
Mas o mais impressionante nas mulheres é sermos únicas. A beleza vê-se não no rosto ou na forma de vestir, e sim no sentir, no agir. Inesquecíveis, irrepetíveis, inteligentes....fabulosas!
Não falei de TPM, hormonas, choro, ninguém-me-dá-valor-nesta-casa-se-eu-desapareço-é-que-vão-ver-a-falta-que-faço....mas isso também faz uma mulher. E tantas outras coisas (porque não é fácil ser mulher) que não havia post que chegasse!!
Deu para aprenderem alguma coisa?? Ou tenho de me chatear??

Pequenas coisas....enormes sensações

Adormecer quase sem se dar por isso, com a sensação do dever cumprido. Acordar bem disposta apesar da hora proibitiva (2 horas depois ainda nem o Sol se via...).
Lembrar momentos fugazes, surpresas encantadoras, repetir memórias e perceber que não somos só nós a pensar nelas.
Rir tanto até doer a barriga.
Fechar os olhos e sentir que o longe, de repente, se torna perto. E quase saborear a presença.
Ter a certeza....e duvidar. Porque a segurança é o que de mais importante existe, sobretudo quando a insegurança se instala.
Uma chamada rápida ou uma mensagem telegráfica que dizem "estou a pensar em ti, gostava que aqui estivesses...ou eu aí contigo". Ou pelo menos ler isso nas entrelinhas.
Sentir que nos abraçam, bem forte, ainda que na nossa imaginação. 
Escutar uma voz extraordinária numa música fantástica, que nos transporta para bem longe, tirando-nos os pés do chão e colocando o coração aos saltos. 
Ver um filme ou uma série na TV, enroscada numa manta no sofá, acompanhada de um balde gigante de pipocas....doces ou salgadas. Enquanto lá fora chove a potes ou está um frio de rachar.
Ir à praia num dia normal e sair de lá com a sensação de que foi extraordinário. O mar tranquilo, para um mergulho, ou revolto, para pensarmos na vida e no que andamos a fazer dela.
Comprar uma estrela por um euro....e pensar que bastam 5000 pessoas fazerem o mesmo gesto e, de repente, cumprem-se os sonhos de centenas de crianças doentes.
 
Tudo gestos pequenos que são, muitas vezes, maiores que o mundo e que representam o quão extraordinária a vida é. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

O que resta....

Não consigo deixar de associar locais a momentos da vida. Passar numa certa rua lembra sempre uma altura boa ou má por que passei. Das menos boas fica a lembrança de que fiquei mais forte com o que aconteceu, que aprendi a lição. Das extraordinárias quase saboreio a intensidade com que as vivi. Têm som de fundo, cheiro associado, frio ou calor, chuva ou sol. Está sempre toda a memória ali.
E nada é mais saboroso (quer dizer, há certas coisas que são, como dizê-lo, amazingly delicious) do que o que nos faz falta repetir. Só porque sim, porque nos faz feliz, porque merecemos. Caminhos que calcorrearia de bom grado todos os dias.
Ainda que seja uma espécie de loucura, de nada vale contrariar a vontade. Das boas sensações, daquelas que sentimos se fecharmos os olhos ou esticarmos o braço. Do que tivémos, aproveitando muito ou mais ou menos, mas que nos deixa uma sensação de euforia. Já nem me consigo concentrar em mais nada, de repente os minutos viram horas e estas tornam-se tormentosos dias. A espera é que nos mata, ouvi nem sei onde. A espera de sabermos que está tão perto aquilo que nos falta. E que insiste em tardar. É hoje, é amanhã, um destes dias por certo. Resta-nos isso...