segunda-feira, 30 de junho de 2014

Os nossos demónios

(A partir da música Demons dos Imagine Dragons....)
Podemos não lhes dar um nome, ou até ter vários para lhes chamar, mas o que é certo é o local onde se escondem: no fundo dos nossos olhos. São eles que reflectem a nossa alma e é a ela que as bestas se colam.
Por mais que tentemos escondê-los, quem nos conhece e nos adivinha sem que falemos, sabe que estão lá, bastando olhar para nós atentamente. Pode parecer cansaço ou desatenção mas é o mais malvado dos nossos demónios que quer saltar e mostrar que, por trás desta capa de durões somos, afinal, somente humanos. Com receios, certezas e ideias mais-ou-menos traçadas do que "achamos" ser certo e errado. E temos direito a inseguranças, apesar do bicho-mau querer ser ele a assumir que somos verdadeiras fortalezas. Um dia solta-se uma pedrinha (aos olhos dos outros) e desaba tudo! Não te aproximes muito, aqui dentro é mesmo escuro. 
Será? Estou certa de que os demónios têm mais medo de nós que nós deles! Enfrentá-los prega-lhes um susto de morte. Mas não é a falar sempre deles que a coisa se resolve. É antes a dizer: olha pá, sei que estás aí e que fui eu quem te criou. Agora quero convidar-te a sair e a deixares os meus olhos brilharem de novo, sem sombras no fundo. 
A luta é desigual: os tipos andam cá há mais tempo que nós e amedrontamo-nos em face deles. E nunca ninguém passou por isto, são coisas da minha cabeça, se eu dormir passa (e temos insónias todos os dias....3 ou 4 horas passam a ser suficientes para descansar o pobre lutador), se eu falar um bocadinho disto tu deixas-me em paz??? Tudo bons comentários....de quem foge do assunto! 
Coaching: o que é que queres mesmo fazer para mudar os teus demónios de sítio ou para que não te dominem? It's all in you, believe it! Not on others.... Sometimes, you just have to let go of what will others think and start thinking of what you want, what does your soul believe in. Os olhos mostram o que quisermos: os nossos demónios ou a nossa felicidade. Reflectem quem manda na nossa vida: o que queremos enfrentar ou o que preferimos esconder. 
My demons hide in a dark place I call past: they are not part of my present and wont, for sure, have a place in my future. Look into my eyes, it's bright inside!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Amor é magia

NB: este post é inspirado na música Magic dos Coldplay (aceitam-se desafios para outras músicas!)

O amor é a coisa mais parecida com magia que existe. 
Não sabemos muito bem como é que funciona, mas ficamos sempre surpreendidos. O melhor é não nos armarmos em engraçadinhos e querer perceber os truques....perde-se o encanto!
Temos a sensação de que nos serraram ao meio mas continuamos a acenar a quem está à nossa volta, com um sorriso nos lábios. Sentimo-nos suspensos no ar, sem cordas a prenderem-nos. Vemos saírem surpresas boas de onde menos esperamos: da manga, do chapéu..... 
Adivinham-nos os pensamentos: quando escolhemos uma carta, já a outra pessoa sabe o que estamos a pensar. Porque tem uma varinha mágica, pois claro, ou somente porque vê os nossos olhos a brilharem com o que vai ser o futuro...o próximo e o mais longínquo.
O truque final é mesmo tentar escapar.....muitas vezes de um colete de forças! A tentativa de nos desamarrarmos só leva a ficarmos ainda mais apertados. Sobretudo se, do lado de lá, encontramos um mago ainda maior do que nós somos, um verdadeiro mestre nas artes do ilusionismo. Ilusão, magia, tal como o amor, é aquilo que nos faz andar felizes e que por vezes nos engana (lá está, ficamos iludidos!) mas que nos rouba tantos sorrisos.
I call it magic...........

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Call it coincidence....

....ou outra cena qualquer!
Mas não deixa de ser curiosa esta sensação de que há mesmo erros de casting e situações que (nos) acontecem just because. Não que sejam más, muito pelo contrário, na maioria das vezes. 
O gutt feeling, pois claro, as borboletas no estômago (li há dias um texto que perguntava no final: será que as borboletas sentem humanos no estômago? Achei deliciosa a imagem!), aquela crença que não sabemos bem de onde vem ou porquê, mas que nos desassossega. 
Há almas que, não sendo forçosamente gémeas, são assim uma espécie de primas direitas. Que, vá lá a malta entender porquê, se nos entranham, sem nunca se estranharem. Não é bem "os nossos santos cruzaram", é mais um "coisa esquisita pá, já vi esta pessoa/este local". Ou como dizem os ingleses "déjà vu" (eheheh, da próxima apresento outra qualquer calinada na Geografia...). 
E gosto disso, mesmo que (ainda) me surpreenda, me inquiete. Apesar de ninguém passar na nossa vida "por acaso", algumas pessoas têm assim uma espécie de rolo-compressor: depois delas, nada fica igual, dá ideia que nos voltaram a fazer uma estrada novinha em folha por cima dos pedaços do caminho a que chamamos de "vida". 
Se bem me lembro, esta ideia é recorrente nos meus devaneios....ou será coincidência?? Seria um desperdício, conhecermos alguém espetacular e esgotarmos, numa só vida, a possibilidade de estarmos com ela. Por outro lado, ter de voltar a aturar certas e determinadas personalidades até dá receio de cá voltar. Os entendidos na matéria dizem que umas se esgotam numa vida e que outras se nos ficam, para sempre. Embora romântica, gosto de acreditar nesta versão: aturas os pain in the neck uma vez e desfrutas dos real-a-pleasure to know enquanto houver Mundo. Me like, a lot!!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Angústias

Dói horrores não saber de quem se ama. Desconhecer se estão bem, ainda que estejam perto. Imaginar as piores coisas, que estão a sofrer ou que não sabem como ultrapassar a dor por que estão a passar.
Por mais que tentemos ou queiramos, não há muito que possamos fazer para melhorar a situação, as palavras são insuficientes, os carinhos não parecem ser uma ajuda. Ainda que nos confortem com um "eu fico/estou bem, obrigado pelo cuidado", sabemos lá no fundo do coração que é bullshit. 
Mas também devemos saber que cada um tem de traçar o seu caminho e, na esmagadora maioria das vezes, sozinho. Com um apoio por perto, se conseguirmos/pudermos/nos deixarem estar lá. Eu fico sempre com a sensação de "porra-para-isto-não-havia-necessidade-desta-trampa-acontecer"... Ou então sim, porque era o tal caminho mas soa a injustiça, ainda assim! A dor até pode passar, nós estamos lá para a minimizar e dizer/fazer disparates para desanuviar (essa sou mesmo eu, para quem me conhece! Até pode parecer que sou insensível, hem??), porém pertence somente a quem a vive. E nunca é igual, de pessoa para pessoa, de evento para evento (ainda que seja o mesmo e em datas parecidas), por isso o melhor é ganhar coragem e enfrentar a bicha olhos nos olhos. Até podes assustar-me agora mas quem ganha, no final, sou eu! Sim, lembra-me algo que já escrevi, que ontem me lembraram e que é parte de um filme: in the end, everything is great and if it isn't great, then it is not the end. 
Por optimismo, porque dá jeito e se sofre menos, ou somente pela minha crónica crença de que o melhor está para vir, vou continuar a pensar assim. Mas a angústia de imaginar que alguém que amo está a sofrer deixa-me louca. E sentir nas entranhas uma dor aguda, ter a cabeça a pesar toneladas todo o dia, a boca seca (agora que penso nisso, parece ressaca, mas juro que não bebi nada...), não ajuda. Pelo contrário: leva-nos a pensar no worst possible scenario. Para que é que este telefone serve se não toca, se não há uma mensagem? Vou ver outra vez, afinal está no silêncio porque estou em reunião mas não me consigo abstrair, posso não me ter apercebido e já há notícias...olha afinal não. Credo, que angústia!!! E será por isto ou aquilo, mas é sempre tudo no mesmo dia (cá estou eu 2 semanas certinhas depois da última vez que this same shit happened....damned coincidencies). 
Amanhã tudo parecerá melhor....assim as ditas notícias apareçam. And it is not the end: it is not good and I haven't seen the rainbow....although it poured all day long!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fracos, fortes e assim-assim.

Não sou consumidora habitual, mas gosto dele forte, quente e com um cheiro inebriante. E não, não é o que estão a pensar.....quer dizer, é, se pensaram em café :)
A vida, já o disse, quer-se assim mesmo, intensa. Porque ela nos obriga, ainda que não quiséssemos, a ser fortes, a lutar todos os dias, porque as injustiças andam por todo o lado. E porque somos uns inconformados.....se assim não fosse seríamos fracos, aqueles que preferem ficar sossegados à espera de que o sonho se concretize sem nada fazer por ele. 
Acorda e vai viver o teu sonho ao invés de estares só a imaginar o que pode ser.
 Mas não há mal nenhum em querermos assumir, por vezes, só mesmo por vezes, que somos fracos. Há lá melhor que colinho para nos confortarem?? Nestes casos, a fraqueza dá para aprendermos a ser fortes, a perceber que raios andamos cá a fazer, porque é que isto ou aquilo sucedeu. Gosto de pessoas que assumem as suas fraquezas mas que nem imaginam a força que têm.
Não gosto mesmo é dos assim-assim. Têm a mania que são fortes mas na realidade.....a fraqueza é o que os caracteriza na perfeição! 
Estou mesmo convencida que a vida é dos que sabem ser fortes, porque não há mesmo outra hipótese! É só para quem aguenta (mais ou menos como a anedota da diarreia que queria ir assaltar um banco com dois cócós, que não a deixaram porque aquele era um trabalho....para duros!! Desculpem a comparação....mas isto estava a ficar too much serious...).
Não costumo achar que não consigo, e até agora não me dei mal. Não sei é se essa é a minha força ou a minha fraqueza!!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dias tramados

Há dias tramados! Que ficam para a história de tão estranhos serem. Que têm eventos que são como as mulheres a irem às casas de banho: às 2 e 3 ao mesmo tempo.
Estou certa de que as situações combinam entre elas juntarem-se todas num momento. Para os bons e os maus. Quando são os bons, como ir à janela do avião e sobrevoar Lisboa, o frio na barriga, o sorriso nos lábios pelo regresso ao nosso país e à mais linda cidade do mundo, ou correr para casa para perspegar um abraço apertado e dezenas de beijocas na filha mais fantástica que existe, até podiam ser todos os dias.
Agora quando cheira a cócó em todos os prismas em que pensemos (pardon my french...), aí mais valia um valente par de estalos nos queridos acontecimentos do que este murro no estômago que se sente. 
Ainda assim, descobrimos forças para mudar o que podemos e coragem para perceber o que não podemos. E ainda bem que Deus nos deu o discernimento para distinguir uma da outra, porque se nos tinha dado força, ainda fazíamos um disparate. E há sempre um carinho que podemos dar e saber que há quem esteja lá, ao ladinho ou no pensamento, a torcer por nós.
Sei é que isto de sermos postos à prova é giro se for para passarmos de ano na escola, mas na vida?? Deve ser para passarmos de nível. Já devo estar quase a chegar ao estágio "pro"!! 
Dá para riscar dias do calendário e da memória?? Raça das datas que insistem em nos perseguir...então não há 360 e tal outros dias tão janotas para as coisas acontecerem?? 
Celebrem-se os dias bons e recordem-se os maus, pela aprendizagem que dão. Enquanto forem mais os 1ºs que os 2ºs, ou não há memória que aguente....
Ah sim, isto lembra-me o meu post sobre sensações! Quem não adora a sensação que fica de um dia excelente depois de um dia péssimo? Amanhã...na certa! 

(Esta mensagem é dedicada em exclusivo a 2 pessoas que sabem bem o que quero dizer e que estão na memória deste dia. Mano, é para ti...e para alguém que está próximo de nós os 2, pelos melhores motivos...e que ainda bem que não lê estes cócós.....)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sensações.......

Por 3 vezes tive hoje a sensação de que o meu carro era invisível. Alguns senhores que já tinham idade era para andar de autocarro acharam que os espelhos são uma coisa que serve para enfeitar o automóvel....mais ou menos como os piscas. E, por nada ter acontecido de mal, fiquei a pensar (ai senhores......lá vamos nós outra vez!!) que há momentos na vida em que as coisas acontecem (ou não) porque tem de ser (ou não.....).
Já disse aqui, e vezes demais aos pobres que me aturam estas coisas, que a sensação de frio na barriga, de gut feeling, de good vibes, é algo em que acredito. 
A sensação de conhecermos agora alguém e parecer que é de há muito tempo, ou de querermos desatar a fazer coisas em conjunto, continua a surpreender-me. Mas não tanto como aquela outra de sabermos de algo com tanta certeza que dá ideia de que fomos ao futuro e voltámos. 
E o que dizer da sensação de que há quem esteja sempre do nosso lado, mesmo que distante? E de que o que tiver de ser, será? Mesmo que tenhamos a sensação de que já não vai dar, ou de que se insistirmos demais acabamos por estragar, somos tantas vezes surpreendidos pela situação inversa......e essa sim, é uma sensação fantástica! 
Tenho a sensação de que este não será o último texto sobre o tema......