sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O peso do Mundo às costas

Depois de 3 dias com dores num ombro (não, não é da idade!! Só me dói um dos ombros e são os 2 da mesma idade!!!), decidi ir fazer uma massagem. Só naquela..... 

O que a Helena me disse fez todo o sentido: ó mulher mas você tem de carregar o Mundo todo às suas costas??? Nem precisei de lhe dizer qual era a minha queixa, ela percebeu assim que me pôs as mãos em cima.... Foi um tareão dos antigos mas senti-o mais na alma que no corpo.
Aquilo deixou-me mesmo a pensar. Vale de quê estarmos sempre a preocupar-nos com os outros? De que é que serve querermos que fique tudo sempre bem? Para que raios importa fazermos as coisas certas se não se dá valor (além da nossa sensação de missão cumprida, pois claro...)?
Serve para ficarmos com uma camada de nervos à flor da pele, entranhada nos músculos e com a sensação de que demos "um mau jeito às costas". E depois, além de continuarmos a nos chatear, ainda temos uma "contractura". Isso, vamos lá continuar assim, que a saúde agradece!! Não fosse o facto de termos um metabolismo impecavelmente acelerado ou uma tiróide estilo relógio e estaríamos muito pior. Falo por mim, pelo menos!!

Não é coisa de "mulher", que se queixa sempre que ninguém lhe dá valor, mas chega um momento em que nos fartamos de ser "nós para tudo". Porque parece que quando menos ligamos é que mais nos ligam. Faz sentido, não?? É que a vida é feita de yin e yang. Energia positiva e negativa. Feminina e Masculina. Sol e Lua. E eu devo ter cá um íman..... Sei que provoco. Que gosto de procurar sempre coisas novas. Não paro quieta. Devo ter "bichos-carpinteiros". E depois queixo-me.....

Tenho de aprender como é que se faz isso do "não ligues".... Sugestões???

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O tracinho no meio das datas

Viver dá um medo do caraças. De errarmos. De não aproveitarmos. De não dizermos ou fazermos tudo o que gostaríamos.

Aquele "tracinho" entre as datas (que vemos nas lápides....) se não nos assusta, devia fazê-lo. Porque só conhecemos a 1ª parte. E porque quando a 2ª chega é sempre como os tornados: há avisos, mas nunca sabemos a intensidade real.

Ontem levei um enorme murro no estômago ao final do dia. A minha filha vinha muito impressionada porque um miúdo do 7º ano tinha morrido de cancro. Porra, como é que um miúdo de 12 anos morre assim?? E explicar-lhe (ela anda numa escola católica....) porque é que Deus quis que o Afonso fosse mais cedo, quando era um exemplo até para os professores, pela garra, pelo "never give up"?? 

Intensidade. Passa a correr. E esquecemo-nos do que nos faz bem. De ir ver a Lua gigante, não porque é a maior em sessenta e tal anos, mas porque brilha todos os dias para nós. Até influencia marés e nascimentos e mais não sei quê! Mas nós é que lhe passamos ao lado! Como em tantas coisas na vida.... No amor, por exemplo. O dos filhos. O dos pais. O da pessoa que escolhemos para partilhar o caminho/carinho connosco. Faço e farei sempre questão de perguntar coisas tão simples como "estás melhor?", "chegaste bem?", "o que foi que disse o médico?". Mesmo que não o façam comigo. E porquê? Porque, quando chegar a segunda data depois do tracinho, vou saber que vivi como quis. E não mudarei porque "isto não é vida para ninguém. Deves fazer o que os outros te fazem." Por menos que isto se começa uma guerra. E não leva a lado nenhum.

Gosto de acreditar que o tracinho vai ter tanta coisa lá dentro de que me vou orgulhar quando vir tudo o que está entre uma e outra data. No preciso momento em que ouça um "está na hora". Até lá, por mais que só eu me magoe pela injustiça de haver um só lado, vou insistir. Never give up. Porque tem de haver resposta para a pergunta de ontem: o que é que Deus quer... Não é certamente que desperdicemos as datas com cenas que não interessam. Só que amemos o que somos, o que fazemos, que tenhamos muito gozo pelas pequenas coisas a que os outros não ligam. Até ao dia em que deixemos de as fazer ou dizer. Porque o tracinho é um intervalo entre 2 datas: como começámos algo e como a terminámos. E só a nós diz respeito. E ao Senhor lá de cima. A propósito: Dá um abraço apertado ao Afonso! Diz-lhe que os colegas e professores que tiveram a honra de o conhecer têm muitas saudades.... 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Nada bate o regresso

Invariavelmente depararmo-nos com um vôo atrasado da TAP. Meia hora que se junta às 3 de espera no aeroporto em Bruxelas. Tanta vontade de chegar.
Um livro fantástico que nos isola a viagem toda. E que só permite levantar a cabeça para admirar o espectáculo que é Lisboa vista do céu à noite.
Malas azuis e cinzentas (menos a minha, tinha de ser!!), pessoas azuis e cinzentas.
A esperança de que não esteja a chover para abrir as janelas do carro e cheirar o ar da nossa cidade.
Pressa de só chegar. Atirar os sapatos. Desarrumar a mala. Poder escutar o barulho que o silêncio faz. Avisar a nossa-mais-que-tudo que chegámos e que foi tudo bem e perguntar "e que tal por cá?". Ouvir o "tudo bem, beijinhos" que nos despacha a grande velocidade mas que nos tranquiliza de que há situações/pessoas que não nos decepcionam. Basta só não termos estranhas expectativas....
O pai que viaja sozinho com as 2 miúdas pequeninas e que recusa, admirado, a minha oferta de ajuda, soltando um "not needed, but thank you, fantastic!".
Casa, finalmente. Aguarda-me um grego. Não desses. De morango mesmo. 
E a certeza absoluta que ir é bom mas que nada é melhor que regressar.


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

E se pudesses fazer agora algo?

E se pudéssemos não ter de pensar e ir fazer algo agora mesmo? Sem consequências. Sem pesos na consciência. Sem mas, ou talvez. Só fazer....
Na maioria das vezes (por enquanto, pelo menos....) como tudo o que me apetece. E tenho aquele defeito horrível, desprezível, que me faz ser tão detestada: não engordo! Ainda assim, muitas são as ocasiões em que ia-mesmo-bem-era-não-sei-o-quê-cheio-de-açúcar. Uma travessa inteirinha de arroz doce, ainda morno, a saber a limão, com canela. Um bolo coberto de caramelo, recheado de caramelo, com pepitas de caramelo no topo.
Ou em que o que ia mesmo a calhar era uma escapadinha para um sítio onde ninguém nos conheça. E possamos estar sós. Os 2. Sem isto-ou-aquilo. 
Ou dormir. Sem ter horário para levantar. Sem acordar a meio da noite. A menos que fosse por uma excelente causa..... Aquela que me faria agora mesmo esboçar um "que s'a lixe", ou um mais educado "so what?".
Sei bem por quem começaria muita coisa neste preciso instante.... Por ti. Aquele que faz "agora mesmo" ser todos os momentos. (Quase) não existirem consequências. Ainda que tenhamos de por uns travões de quando em vez. Ainda que não saiba bem por onde andas.
O que é feito com muitos planos é filme. A vida é de improviso. Não permite ensaios gerais. Estamos sempre em estreia absoluta. Porque viver só vale mesmo a pena quando mandamos tudo às urtigas. E vamos só ali ser felizes....e talvez não voltemos. 


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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

G'anda brasa!

G'anda brasa: expressão que pode querer significar que está calor, que algo correu de forma estranha ou que alguém é assim para o género do "chega-aqui-qu'eu-não-te-aleijo".
Faz precisamente 7 meses que conheci uma g'anda brasa. Que por acaso hoje faz anos. E pronto, isto tudo conjugado, mais o calor que faz lá fora, e lembrei-me do tema!

8 da noite, dia 26 de Outubro e estão 24 graus na cidade onde moras. Atesta a foto, tirada na estrada mesmo à frente da vossa barraca. E desse lado, estás tu, prestes a calçares as luvas devido ao, digamos, friozinho que por aí se sente, ahahahaha! Adoro essa cidade, sei que te vais divertir muito <3

Há dias que são mesmo uma brasa. Pelo que acontece e pelo que nos leva a querer que aconteça. Porque nos fazem sonhar, por serem uma surpresa ou uma confirmação do que já sabíamos mas que nos fazem tão felizes por isso mesmo. Pode ser do Sol finalmente ter vencido a chuva. É que eu sou feita de Sol e gosto muito de água a jorrar mas é a do banho...e a da praia! Pode ser da conjugação dos astros ou do outro que anda a dar grande baile à polícia. Ou porque sim. Mas por isto ou aquilo, hoje foi mesmo uma g'anda brasa.
Como tu. Lembro-me tão bem do que pensei quando te vi pela 1ª vez (que já sabia desde que "alguém" me mostrou a tua foto). E sei muito bem o que penso hoje: que gosto de ti. 
Que fazes feliz a pessoa que só tu superas em amor àquele que por ele sinto. E isso para mim já bastaria para saber que és especial. Mas tinhas de chegar de mansinho e tornar-te na minha little sis..... 
E és uma g'anda brasa, tal como o dia de hoje. Cheio de pensamentos bons, profundo, feliz, intenso. É o que espero que seja a tua vida. LoveU babe!

(Enganei-vos bem, hem?? Todos aí a pensar que este era um post sobre mim!!!)


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

E uma pausa, não??

Não dá para descansar. É assim uma espécie de praga que anda no ar.
Por todo o lado. No trânsito. Na empresa (pessoal, vocês são os maiores!!! Tantas caixas em dias tão improváveis e vocês continuam a fazer o impensável. Bravo, malta!).
Na estupidez alheia. 
Não sei bem se são os dias que são esquizofrénicos ou se é só o mês de Outubro....e o de Setembro....e Dezembro, vá!
5 horas de sono. E está mesmo mais que muito bom! 
Uma fatia de pão com Nutella, que era suposto ser o break de meio da manhã e se torna no almoço. E olha que upa-upa! Teres colocado esse "pecado-deixa-lá-isso-que-tu-podes" na mala foi a melhor ideia em meses!
Onze e meia da noite e os emails estão (finalmente) despachados.
A diz-que-é-uma-espécie-de-aborrescente lá se convenceu que é mesmo melhor acatar o "8 horas de sono porque quem manda sou eu". 
O Summit mesmo à porta. O stand ainda por terminar. Materiais para validar. A apresentação do chefe. E a minha. E orientar as meninas da startup para a delas. 
O resto que não pára. O Cinema Francês. A nossa RádioRed, enorme orgulho, que ganhou hoje um prémio internacional na segunda cidade mais linda do Mundo depois de Lisboa (Barça.......) e eu não estava lá para o receber....miúdos, tragam lá o caneco com todo o cuidado! Antes da sala dos troféus, tem de estagiar no meu estaminé....  E as acções de Natal. E tudo o que mais uns e outros se lembram.
T-i-l-t. Não tarda oiço a campainha!! End of the line, my dear. Respira. Almoça e janta como deve ser. E dorme. 7 horas que seja. E o resto fica para quando der. Estilo viver. E estar com quem se gosta, onde se gosta. Ou só comigo.
Um destes dias, digo eu. Descanso quando der. Por enquanto, a campainha não tocou. E só me apercebo da linda cara com que devo andar quando recebo um email com um só subject e sem texto: Estás bem?? Ou quando alguém se pespega à porta da barraca e pergunta se preciso de falar. E responde ela mesma um "falamos amanhã, se calhar, não??".
Em passando isto, vou por um letreiro na porta: volto em breve, volte também. Hoje não. Amanhã idem. Para a semana não dá. Na outra, quem sabe...... Esperando que a campainha não toque mesmo. E saia disparates pela boca a fora. Estilo Carla no seu melhor.....
Ai mãezinha, para que foi que me mandaste estudar??? A senhora que tratava do jardim na Fundação Champalimaud hoje mesmo parecia tão despreocupada......... 
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A minha vida dava um filme

Imagino que algumas pessoas pensem que eu invento estas coisas todas que me acontecem. Juro que não! Aliás, na maioria das vezes nem escrevo sobre o tema para não parecer (ainda mais...) estranho.
Têm sido dias deveras complicados de gerir em termos de tempo com todas as coisas que estamos a preparar. Incluindo o que dispenso com as que já (parece que...) terminaram mas que ainda têm assunto. E têm sido dias de trânsito alucinante. Eu já o escrevi mas repito: a 2ª circular e a IC19 davam um brilhante estudo sociológico. Sobre gente que não respeita ninguém. Sobre cuscos que só atrapalham a vida dos outros ao mínimo toque entre 2 carros. Ou que não deixam passar motos ou ambulâncias. Ou pessoal que faz a sua higiene matinal atrás do volante. Enfim...

O corre-corre começou às 7h30 (quer dizer, foi 1 hora antes, mas oficialmente só conto quando saio o portão da garagem....), com a miúda a entrar no colégio às 8h10 (que é o limite dos limites!). Passagem no escritório só para descarregar emails e segue para o Alfa pendular. Não sem antes pedir ajuda para um cliente a uma amiga (esta parte só é importante para o final, fiquem por aí....). Carro estacionado, comboio à hora, chegada à Campanhã.  Apanhar o táxi. Surreal! Uma senhora (turista) entra para o carro e o motorista desata a chamar-lhe nomes. Mas daqueles mesmo de fazer corar as pedras da calçada...tudo porque ela não pôs a mala na bagageira e "achas bem estares a sujar os estofos, minha piiiiiii???". Claro que ela saiu e entrou no carro a seguir e ele avançou para apanhar algum incauto mais adiante que não se tenha apercebido do que aconteceu. Entro para a 2ª viatura a seguir e, a medo, pergunto ao motorista se posso levar a mala do PC comigo ou se "tem de ir para a bagageira". Claro que o homem desata a rir-se e a pedir-me muita desculpa pelo ocorrido porque aparentemente o tipo tem ataques frequentes daquele género. "E isto só vem denegrir a nossa imagem, menina". Muito simpático, como o era o que apanhei na volta e que até conhecia bem a empresa onde trabalho porque já se tinha ido oferecer em tempos lá para trabalhar quando o local onde esteve por 15 anos faliu por dívidas de clientes que não pagaram. Devo ser eu que atraio as pessoas para me contarem a história da vida delas...
Pronto, chego à Exponor. Vou confirmar o registo e quem é que está à minha frente?? O orador do painel antes do meu....o caríssimo concorrente por quem tenho uma paixão daquelas...NOT!!!!! Conversa para cá e para lá, ele a tirar nabos da púcara e eu a contar precisamente o que sabia que ele queria ouvir (deves achar que uma empresa com a dimensão europeia que a nossa tem não pensou e desenvolveu já as coisas que só agora vocês estão a pensar fazer.....). Ele faz a apresentação e deixa todos os motes para a minha....que nem ginjas! Saber indicar a hora precisa de entrega é fundamental e vamos desenvolver isso. Ahahahahahah! Já damos para esse peditório há 4 anos...chama-se Predict!!! Mais uns dedos de conversa com alguns parceiros "amigos" que lá estavam a assistir ou a preparar as suas próprias apresentações e "ala-que-se-faz-tarde-e-tens-um-comboio-para-apanhar".
A história a seguir já sabem, a do tal taxista. Chego a Lisboa e está uma senhora, o filho de 4 ou 5 anos e a avó deste com uma quantidade insana de malas (partilhou comigo esta última, em jeito de justificação, que "vamos para o Brasil". Eu não digo?? Devo ter aspecto de sofá-de-terapeuta). Nenhuma alminha se disponibiliza para ajudar a levar as ditas pela escada rolante. Tinha de ser eu a perguntar, pois claro.... Tenho guardada no Céu uma nuvem estilo T5...  Entrego a mala à senhora e oiço uma voz atrás de mim a dizer "bem me parecias que eras tu!". Quem era?? A amiga a quem pedi a tal ajuda de manhã!! Credo, qual a probabilidade???? Combinámos marcar um almoço para matar saudades, que há-de acontecer muito em breve.
Assim os dias se acalmem e o trânsito sossegue...sim que vem uma pessoa desesperada por uma casa de banho e um jantar como-deve-ser e a rezar para chegar rápido a casa, para que não haja nenhum acidente, e o que acontece?? Um acidente! Pumbas, esta minha vida dava um filme!!!! 

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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

All good stuff

Mais do que dias, há semanas que nos tiram do sério.
Tudo acontece para nos por à prova. Também é verdade que isto ajuda a que saibamos o que fazer "da próxima vez". E, no final, fica tudo bem. Ainda que estejamos tão, mas tão cansados que mal dê para aproveitar as vitórias.... Só que existe aquela coisa que se chama de fé. Ou de sorte. Ou de trabalho. Porque o único local onde sucesso vem antes de trabalho é mesmo no dicionário.... Ir buscar só-mais-um-bocadinho-de-energia depois de se andar há 3 dias com dores de estômago, se dormir mal e comer pior não faz de nós super-heróis, mas quase. The show must go on...
Estou inclinada a acreditar que quando a coisa começa a ficar mesmo, realmente, pesada, aparece não-sei-d'onde-não-sei-porquê uma luz ao fim do túnel. Pequenas coisas que não podem ser coincidência.
Estilo aparecer o CEO de um grupo de media e resolver-te um problema só porque, na lata, falaste com ele e o convidaste, na sua própria casa, a ir espreitar o auditório (dele) enquanto ambos esperavam que chegasse a mesma pessoa, que by the way só iria ali estar àquela hora e dia porque tinha o nosso evento e aproveitou para marcar para um bocadinho antes a conversa que ele andava a tentar ter com este último há uma data de tempo... Confuso? Deixem lá isso...
Estilo dares de cara com uma pessoa que querias mesmo encontrar naquele dia. Ou estares já desanimada com esta-coisada-toda e teres uma conversa de 1 hora e tal com alguém e, suddenly, voltares a encontrar a tal "estrelinha", a energia extra que precisavas. Aquela pessoa que em ti funciona como o Red Bull: dá-te asas..... 
Estilo estares tão de rastos que só te apetece chegar a casa e atirares-te para cima da cama. Calçado e vestido. Esboçar aquele "ahhhhhh"...e quando voltas a abrir os olhos são 2 da manhã e estás a babar a colcha, com a cara cheia de marcas do relevo da dita. 
Estilo aquele banho de que estás mesmo a precisar. Ou enfiar os pés em água quase a ferver (e esboçar outra vez o tal "ahhhhh") quando nem te lembras como é que conseguiste chegar a casa com as dores que trazes nos pobres (rai's parta os saltos altos quando andas acima-abaixo num evento...).
Estilo descobrires que quando tens aquela vozinha lá dentro da cabeça (ora bolas, tu queres ver...) que te diz "wait just a little bit more" (sim, a minha esquizofrenia é em inglês...go figure!), está mesmo algo para acontecer e que esperar (ao invés de desatar a pensar nos piores cenários...) pode mesmo trazer um novo ciclo, muito melhor do que tudo o que já vimos.
Estilo quando algo fantástico acontece sem planeares. Porque é tão bom teres surpresas. Nem que seja um "I'm thinking about you" ou um "não gosto da cor deste meu Panamera, queres ficar com ele?". Pronto, imagino que já não receba nenhuma mensagem de cariz amoroso hoje....ficamo-nos então pela pergunta que se impõe: diz lá de que cor é que o carro é mesmo??


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ciúmes e posse....

Não sou muito ciumenta. Possessiva talvez. Nunca fui de partilhar nada com outra pessoa. Agora que a miúda já está mesmo quase do meu tamanho vai ser difícil manter esta ideia, mas enfim....
Nem brinquedos. Nem canetas. Nem nada desta vida! E tive de aprender que acontece estares a partilhar algo, sem saberes...adiante!! 
Sentir ciúmes pode significar que se quer tanto algo que se tem medo que outrém nos fique com o que "é nosso". Estilo "é só um bocadinho" e depois o livro já era... Ou a pessoa. A posse é uma cena tramada...será que alguma pessoa é mesmo nossa?? Filhos sim. Mas e o resto do pessoal da Terra??
Não interessa de quem é a frase mas é genial: dá a quem amas asas para voar e motivos para voltar. Se não regressar, foi mesmo "teu" alguma vez?? Nada o é, repito. Pensando bem, nem os filhos....são-nos emprestados para cuidarmos deles! 
Esta coisa do deixar ir, dar liberdade é uma espécie de presente envenenado. Queremos ter. Que nos dêem. E damos. Porque só assim existe confiança. Mas chega uma altura na vida em que essa escasseia, porque a tareia que esta nos deu (dá??) deixa-nos receosos de que não saibamos voltar a confiar. Até de quem não nos dá razão para tal. O diabinho no ombro direito passa o tempo todo a alertar "tens a certeza que não é tudo uma treta e que não te vais estampar de novo?".
E começamos a fraquejar. Com sinais de cansaço, desistimos. Não insistimos mais. Já chega. Fartei-me. Ou é tudo ou não é de todo. 
Do outro lado fica a sensação de incredulidade ou talvez o "já estava à espera e até é merecido". Porque paciência tem limite. A pessoa incrível que ali estava e que tudo aguentava sem se irritar cansou-se. Não quer mais "brincar". E o ciúme muda de lugar. Agora é esta pessoa que pensa no que terá perdido por ter tanta liberdade para tudo. Tanta compreensão. E simultaneamente tanta falta de percepção do que tinha. 
Só se aprende da forma mais dura. Quando já não "possuímos" aquela pessoa que "estava sempre lá e nunca exigia nada, não se chateava". Essa pessoa talvez tenha percebido que só se deve possuir mesmo é amor-próprio. E que mais-tarde é nunca. Que quem nos considera em último lugar não merece estar em primeiro. Reciprocidade. Tempo exige tempo. Atenção merece atenção. 
Um dia deixamos de estar ali. À mão de semear. E dá uma certa ciumeira. O que estará a fazer, a pensar, com quem, estará a portar-se bem. Vou mandar mensagem. Já viu. Não responde. Uma pessoa para aqui inquieta....e nada! Now what?? 
Dá sempre tempo para tudo. A analogia das pedras, areia e água (não sabem a história pesquisem...que eu agora não tenho....tempo!!). Primeiro o que é mesmo importante, as pedras principais da nossa vida. Depois o que temos de fazer, que se encaixa naquelas. A água é o já-agora, o café com os amigos. Que acaba por se misturar com o resto. Quem não percebe que é bom receber uma mensagem "porque me apeteceu", que diz que se está a pensar no outro, não tarda perde. E não adianta sentir ciúmes. 
A menos que seja propositado não dizer/fazer nada! E aí resta que do outro lado percebam. E desamparem a loja. Porque a vida é com tudo ou não é nada. Ainda que os ciúmes (os bons...) apareçam. Porque podem querer somente dizer que gostávamos de ter aquela pessoa sempre connosco. Qu'enjoo senhores!!! Insensível, já estão a pensar. Nada disso: só prática. Mas posso morder a língua um destes dias :)


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Amar...e pronto!

Nada sabe melhor que ouvir "amo-te". Nada! E dizer de volta (ou antes...) "amo-te".
Porque nada nos faz mais perder a respiração. E somente o que nos faz perder o ar é verdadeiro. 

Ver chegar a pessoa que se ama é uma espécie de Big Bang: primeiro não há nada e depois rebenta tudo!! 
Um minuto da voz, a imagem dela, o toque da mão, a pele. Não é nada paixão, é amor!!! Paixão é correr para o primeiro beco que aparecer, deixar o fôlego perder-se mesmo com metade da roupa vestida. Amar é isto tudo e ainda ficar nos braços, no peito, sorrir estupidamente. Se não sorrimos estupidamente, então não é amor (eat your heart out Pedro Chagas Freitas!!). 

Ter a certeza de que é para sempre. O que quer que "para sempre" signifique. Formigueiro nos pés. Borboletas na barriga. Isto é a paixão. O amor é ter o zoo todo no corpo!! 

Amar é quando estar perto não é suficientemente perto. Não é como se quem amamos tenha o mapa. Ele É o mapa!! Para qualquer sítio: aqui ao lado ou no final do mundo.
Sem medos, sem censuras, com muita saudade, com muita "lamechice". Vem cá e apaga-me esta vontade é a paixão. Vem aqui e fica, pela eternidade (ou até o telefone tocar...sacana!!), é o amor.
Nada é melhor que amar. Nada! E pronto. (ok, Sheldon, talvez o oxigénio.....)


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Obrigada, thank you

Algumas coisas nascem connosco. Ou são-nos ensinadas. A boa educação por exemplo.
Sempre fui (e ainda sou, mas um bocadinho menos...) vidrada na ideia de agradecer. "Obrigada" era quase sempre a forma de terminar uma conversa ou um e-mail. Agora faço questão mais vezes de mostrar. Para que os que sabem que lhes estou grata fiquem com a certeza. Quem achar que lhe mereço um agradecimento, sinta-se incluído nestas palavras!

Pode não se acreditar em Deus. No Senhor-lá-de-cima. God all mighty. O Criador. 
Isto é como a educação, quer-me parecer. Nasce connosco. E ensinam-nos. Eu acredito. O meu irmão não! (mas crê em "algo"...e talvez  lhe chame outra coisa qualquer!) E fomos criados pelas mesmas 2 pessoas. As mesmas que nos ensinaram a agradecer.
Eu faço-o muito ao Senhor-lá-de-cima. Embora acredite em tudo e mais um-par-de-botas (a minha casa é um bocadinho esquizofrénica....desde budas, shivas, olhos turcos, espanta-espíritos, dreamcatcher, máscaras africanas, há cá de tudo!), confesso que quando se trata de agradecer é mesmo ao Todo-o-poderoso que o faço. Por me fazer passar por coisas que costumava dizer que jamais aceitaria. Por me fazer ver que há sempre 2 lados da história e que nem tudo o que parece é. Que seguir a nossa intuição ainda é o melhor caminho. A tecnologia nunca vai lá chegar. Ao gut feeling. Ao "porque sim".
Tenho aprendido muito com o "deixar ir", o tudo-tem-uma-razão-tu-é-que-não-sabes-qual-é. Nada é mais libertador que isto. Embora deixe aquela sensação do "ok, mas já te despachavas com a cena"...e eu digo-Lhe tanta vez isto, coitado!! Apesar da velha história de que um dia ainda vamos perceber porque é que isto ou aquilo aconteceu (ou não) ser uma verdadeira chatice, não há como o contrariar. E parece que ter de continuar a não ter o que se queria pode ser uma benesse. 
Whatever! O que estou grata por ter na minha vida é a Paixão. Por viver. Por algumas pessoas. Por comida! Por ter nascido e poder continuar a viver no país mais bonito do Mundo. Por me terem dado bom humor ao invés de mau feitio (ah, espera, parece que há quem não concorde...adiante!) ou este hábito de dizer que gosto ou que não gosto e não uma atitude insossa de "mais-ou-menos". Por ter o riso fácil. Por ter esta mania de dar "feedback": pedir para avisar quando chegar, desejar boa sorte e perguntar como correu. Por ser voluntariosa (tanta vez já me tramei por não conseguir evitar o "queres ajuda?"...). E especialmente por parecer um furacão! É com tudo. Que amo. Que vivo. Que faço seja o que seja. Não sei ser só "um bocadinho". 

Truth is I don't even try being some other way. Those who hate it (me?) must feel terrible. But I guess there are much more of those who somehow have found a way of loving or just appreciate it! I am very thankful for what I have now. Even if some things could fit a little bit more then they do. Even if I keep wanting other to be faster. For getting the chance to know you. And love you. For all you are. And for what I am when I'm with you...

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Vida, morte, amor

Queria muito assistir ao filme Me before You (Viver depois de ti, em exibição nas nossas salas de cinema). Apesar de já saber o final queria mesmo ver.
Além da BSO ser genial (espreitem lá no final deste post o link à música do meu amigo Dan e os restantes Imagine Dragons) gosto particularmente do humor britânico que o trailler trazia aqui e ali. 
Posso ser uma chorona, e se calhar por isso mesmo vos digo que é melhor não irem ver....

Lembro-me de uma aula no liceu em que tínhamos de fazer um debate sobre a eutanásia. A mim calhou-me a defesa do tema. Recordo os argumentos usados. Que me mereceram um Muito bom do professor. E foram mais ou menos os mesmos que aqui se apresentam.
Não há nada que eu mais defenda que a Vida. Ainda que não se torne mais simples para a frente. Quite the contrary..... Mas também percebo o que pode levar alguém a querer terminar com o sofrimento. Direito à dignidade na vida e na morte. Ser a pessoa a decidir se quer ou não continuar a sofrer....

E como é que se liberta alguém que se ama profundamente porque está a sofrer? Como é que deixamos o nosso egoísmo e abraçamos o do outro? O amor maior pode ser esse mesmo: letting go. Ainda assim, eu sou a pessoa mais self centered do Mundo e gosto de pensar que o amor salva tudo. Até ao fim.
Agarrar a vida com as duas mãos. E os pés. E o que mais tiver de ser, mas ir sem lutar é que não. Quando se está próximo de uma experiência de quase-morte, ninguém sabe o que se sente, o que se sonha, o que se pensa ou como se imagina que será o futuro. Só mesmo quem lá está. Tendo dito isto, só mesmo com amor pela Vida e por nós mesmos é que decidimos o que fazer. For myself. I wont go. Not today. É isso que gosto de imaginar que nos cruza o pensamento.
Na minha visão romântica da coisa, quando nos acontece a maior prova de vida de sempre e a superamos é porque algo fantástico está para acontecer. Porque não era a nossa hora. Porque faltava viver a coisa mais extraordinária de todas: o amor maior. Por alguém, ou por nós mesmos. Ou ambos!
E ver o sorriso de alguém que amamos assim que acordamos, poder beijá-la intensa e profundamente até ao fundo da alma, pisar a areia molhada, mergulhar no mar, ver a gigantesca Lua que hoje está no céu, sentir o calor do Sol na pele, cheirar um perfume que tanto gostamos e nos traz de volta as memórias mais queridas que temos, são algumas das imensas coisas que nos justificam esta infindável vontade de viver. 

Não vão ver, a sério. Porque sentimos a impotência, a (in)justiça, o "porquê-comigo". Ou então sim. Para sorrirem, rirem, chorarem. E perceberem que somente o amor justifica as nossas decisões. 

You show them Dan! https://www.youtube.com/watch?v=trig1MiEo1s



terça-feira, 2 de agosto de 2016

(A)gosto

São muitas as referências ao mês de Agosto na música portuguesa. 1º de Agosto dos Xutos (dedicada a todas as pessoas que celebram, como eu, aniversário nessa data 😉) ou o melhor dia para casar do Quim Barreiros... Porque se não é o melhor mês de todos, então não sei qual é (sim, pois!).
São as férias, a praia, o Sol bem alto, o mar. E a vontade de ser feliz. Com muito gosto.... Um ficar sem horários. Muita comida, mergulhos sem fim. 
Melgas, mosquitos. E outros bichos. Faltam só as borboletas. Irrequietas. No estômago. O desejo de um por do sol diferente que só elas trazem. Porque tu não estás...
Agosto traz calor na pele e no coração. Gente que volta a casa. Nem que seja por poucos dias. Porque a felicidade sabemos bem onde está, ainda que tenhamos de tomar outros rumos "porque a vida assim o exige". Mesmo que seja entre um olá e um até-um-destes-dias, importam mesmo e só os momentos em que entregamos tudo a ser felizes. O "avisa quando chegares" traz a certeza de que as borboletas por vezes se alojam noutras barrigas. De inquietação ou saudades. 
Dourado na pele e vermelho fogo no coração. Gosto muito... E de borboletas!


sábado, 23 de julho de 2016

And then it hits us....

One day you realize your heart is not yours any longer. Nor your breath has it's own rhythm anymore. They follow another path. One that leads to be truly happy. Feeling in flames. That you could actually burst with love.
The fear of failure is overtaken by the certainty of living that moment.
You stop thinking about others and just start enjoying what life brought you. Is it forever?? Sure! 'Cause forever is right now. Tomorrow we'll see.
If it could only be that simple, right?
Guilt is something I don't know what it is. Just pleasure. The freedom that love brings you is without compare. "What if I fall?" I used to thing. "And what if I fly??"... No wings attached but definitely a feeling of feet off the ground.
And a never ending sense of belonging. Right there, in those mere human arms. 
One day it hits you. There is no point in running and hiding. It will find you. One day, sooner or later. We should always be in love. There is no better feeling. Passion, if you want, heals everything. Makes you act or think like you're a kid. Most of the times all it takes is one glimpse. And you can't think of nothing else from that moment on. 
It is like when you see an amazing pair of shoes and you cannot wait until you get your hands (feet??) on it. Difference being you don't get to buy love.... And you don't get to have exactly the same number of pairs inside your closet!! 
One day it hits us....


quinta-feira, 21 de julho de 2016

O meu sofá e tu

Sonho-te a toda a hora. Sinto-te aqui em cada momento.
Corpos que não se conseguem largar ainda que na imaginação de um e do outro. Nem o calor afasta as minhas pernas de se enroscarem nas tuas. No meu sofá. 
A noite não parece baixar a temperatura. Pelo menos a que vai na minha cabeça. Intensifica o cheiro de ti em mim. E o meu em ti, acredito. A insónia que não me larga. Continuas por aqui. É o calor que me alucina. É esta ausência de ti que me transtorna. É a certeza de breves momentos inesquecíveis e irrepetíveis que me leva a continuar. 
Ouço-te a sussurrar ao meu ouvido. Em sonhos e acordada.... Essa voz que me enlouquece. Gosto de ti, pareço escutar. Gosto de ti, digo. Pele na pele. Suor que se mistura. Beijo interminável.
Quero-te. E tu queres-me. No meu sofá. Ou em qualquer outro lugar. Meia hora. Tem de dar para semanas inteiras de estares somente na parte de dentro dos meus olhos. Sinto que outros conseguem ver-te no fundo da íris, tal é a certeza de que não sais cá de dentro
Estás aqui. Por toda a casa. E especialmente agora mesmo no meu sofá.....



terça-feira, 5 de julho de 2016

Toma!!

Uma das palavras mais importantes do vocabulário. Desde bebés que chama a atenção como poucas: toma!
Não é um "toma, embrulha e vai buscar". É um toma-lá-disto-que-amanhã-não-há. Oportunidades que se nos abrem vindas sabe-se lá de onde.
Esta era mais uma das never ending business trips para reuniões do Grupo. Para Viena, Áustria, desta vez. Sem muita vontade, como quase sempre. Mas vamos lá a isso. Avião enorme. A330. Grupos de miúdos aos molhos. Torneios internacionais? Mesmo ao meu lado viajam os portugueses. Uns 10, com 2 monitoras. Tão, mas tão bem comportados que me encheu de orgulho nos miúdos tugas!! Crianças, ainda assim. Deixá-los ser, senhor chefe de cabina. Alguns disparates próprios (entornar sumo, dá cá que eu como mas depois o estômago não chega, o bigode desenhado na cara da colega da frente que dormia...) mas desejosos de chegar à Village para as férias. Intercâmbio de jovens, explicou o Zé Maria (apaixonei-me mesmo por este miúdo) ao senhor austríaco a quem ofereceu bolachinhas! E os atrevidos Francisco (que passou um mau bocado no final com a turbulência, e a tia Carla explicou que deve olhar a direito e não mexer a cabeça....aterramos em 2 minutos, aguenta!!), prontamente ajudado pelo colega do lado com o saco de papel (Toma, pelo sim, pelo não) e o João que passou o tempo a explorar o comando fixe que acende luzes de cima e manda no ecrã da nossa frente. E a perguntar o que é que a 1ª classe come! Assim, na lata! E os ouvidos a estalar: apertem o nariz e façam como se o ar quisesse sair. Melhor?? Sim! Tomem lá uma ajudinha. São muitas as viagens que faz, nota-se por estar tão à vontade... E o muito obrigado deles no final da viagem e o meu desejo de que se divirtam imenso. Toma uma viagem tão gira! 
Depois da reunião do dia, passeio de eléctrico, dos mesmo antigos, com bebidas a bordo, para conhecer a cidade. Amazing! Toma lá desejo de miúda concretizado..... E um calor tão bom, um restaurante impecável, uma companhia sempre incrível (Ibéria rules!!!). Toma uma noite agradável!
Melhor que ir, só mesmo regressar. A miúda atrás de mim com um olhar de pânico porque não ia ao lado da mãe. Do  you want us to swap places? No problem! Deixa só chatear os senhores ao teu lado e o da minha fila e pronto, toma aconchego da mamã.
E é isso. A vida se encarrega de nos dar o que não esperamos. Muitas vezes mau, mas há que aproveitar a viagem. Podem haver outras vidas mas esta é agora. Toma e vive-a..... And that's really it. 



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Feiticeiras

Não acredito em bruxas, mas que as há, isso há. Já diz o ditado. 
A ciência justifica uns 99% de tudo o que existe. O restante enquadra-se no "não sei explicar mas deve ser mau". Porque sempre foi assim: o que não conhecemos causa-nos repulsa ou, à conta de pior, desconfiança. Ainda que seja porque alguém ou algo não se enquadra nos padrões "normais". Por menos que isto, crucificou-se um Homem (vários, na realidade...) e queimaram-se mulheres na fogueira.
Gosto de acreditar que o inexplicável é só algo que não atingimos mas que pode nem ter nada de sobrenatural. Prever que isto ou aquilo vai acontecer pode ser só porque estamos mais atentos ou perto da nossa consciência verdadeira. Sensação, impressão, gut feeling, ou algo do género.
Quando me dizem "parece que és bruxa" respondo que sim, mas das boas. O único feitiço que conheço é o da água salgada: banho de mar ou choro. Não é a água com açúcar que ajuda a viver: é a com sal. Cura tudo. Ultimamente até acerto umas coisas (está na altura de jogar no Euromilhões quem sabe....) mas deverá ser porque ando mais atenta. Ou então não, e tenham medo, tenham muito medo.....
Agora a sério. O segredo é ouvirmo-nos. A minha bola de cristal é folha de papel (como diz o Tiago Bettencourt) e nela pinto tudo o que imagino. Bom. Ou mau. Geralmente do primeiro tipo porque sou uma eterna optimista. Mas o raio do karma insiste em levar a dele em diante. Por mais que os feiticeiros da justiça tentem fazer do mundo um local habitável, há isto ou aquilo que nos põe em sentido. Mas podemos sempre lançar-lhes uma praga....ou uma dorzinha nas costas. Ou uma diarreia que não dê tempo de chegar à casa de banho mais próxima....

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Beijo ou....coiso!

Beijo é, definitivamente, aquilo que de mais íntimo temos.

Delicado, na testa dos bebés, mostra o amor mais puro que existe. Mães experientes usam-no para ver se andam febres por ali....
Tímido ou fogoso. Por ser o primeiro de todos ou por voltarmos depois de uma longa jornada de ausência....de dias ou simplesmente horas.
Roubado ou pedido. De fugida ou com a intensidade de um temporal. De amigo, que conforta a alma. Repenicado. Só um. Ou uma dúzia deles.
O sinal mais evidente de que "falta qualquer coisa" é quando privamos alguém (ou somos nós privados....) dele. Um beijo e pode ser a perdição. As senhoras da dita mais antiga profissão do mundo não o dão, ou podem apaixonar-se. Tal é a força deste e a intimidade que requer!
Podem ser dos arrebatadores estilo cinema, ou mais repentinos e para os quais nem tivemos tempo de por os beiços a jeito e sai um "toma lá disto que amanhã não há".
Já foi proibido de dar na rua. Já foi ambicionado de se dar em privado, meio às escondidas. Ou completamente às claras, para ver a expressão dos restantes que parece dizer "get a room!". 
Beijo e sofá são eternos amantes um do outro. E a chuva lá fora. E uma chávena de chocolate quente ou de chá e uma manta. Aninhar e beijar. E, de quando em vez, beijar e aninhar. 
Muito mais íntimo que "coiso". Porque os olhos se fecham quando o beijo se troca e no "coiso" é muito melhor que os ditos estejam bem arregalados. Ou perde-se qualquer.....coisa!! 
Beijos. Morangos. Cerejas. Pipocas. Sofá. Manta. Sussurros. Abraços apertados. E "coiso". Há lá cenas melhores??? 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Corpos ou pedaços deles

(Credo, que título macabro!! Andas a ver muitos filmes de zombies, hem?? Não, nada disso, detesto o tema....isto até é suposto ser um post fofinho!!)

Corpos. Invólucros que nos deram para viver. Que nem sempre nos dão a idade mental (ou da alma ou de lá não sei o quê) que temos. Porque damos por nós presos num de 60 quando cá dentro parece que são só 20. E ainda nos censuram por isso (já devias ter juízo...). Que nos criam tantas ansiedades. Daquelas que nascem no fundo de nós e que se agigantam, sem que as possamos controlar. 
Sentir falta do outro corpo como se fosse parte do nosso. Não um órgão, mas a pele toda. Não somos bem nós. Andamos por andar, quase inanimados (outra vez os zombies????) e na expectativa que isto passe depressa e possamos retomar o que éramos. 
Mas não dá. O que estava deste lado passou para outro. E quase sentimos a pele que é nossa sem o ser, o toque imaginário que nos provoca um arrepio pela espinha acima....ou abaixo. Um estar sem estar, não sei bem se consigo explicar-me. Fechamos os olhos e está lá o cheiro. E o resto que vem com ele.
Não são bem saudades. É muito pior que isso. A intensidade que se sente é como se estivéssemos a ver uma vida a correr, por detrás de uma janela. Uma espécie de sombras no escuro, entrecruzadas pelas luzes que as vidas que correm ao lado nos enviam. Estilo estarmos numa auto-estrada em que a faixa contrária nos encandeia com as luzes, já que a nossa vai sem outros veículos.
O corpo. É um insaciável. Quando conheceu algo que nem sabia que procurava, fica preso naquela ideia do outro corpo. Pedaços que se confundem entre si, que se completam e encaixam na perfeição. E a mente podia dar uma ajudinha, mas ainda é pior. Porque gosta de outro tipo de pedaços. De vislumbres de "é que é mesmo isto!".
Corpo e mente: partes do mesmo problema. Mais que saudades. E se esta é a melhor palavra no mundo para descrever o assunto de sentir-mesmo-bué-de-falta (tinha de ser em português...) imagine-se quando é insuficiente.....


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Amor e gorilas

Vou despachar o assunto antes que comecem todos a alterar foto de perfil e a mandar corações pelo mural a fora......
Sobre o amor eu tenho uma opinião muito estranha. Se, por um lado tenho uma crença bastante romantizada da coisa, por outro sou muito pragmática. Vamos lá por partes!

O amor tem de ser verdadeiro. Não pode ser "só porque não temos outra coisa, mais vale que seja aquilo" Não pode ser uma mentira que dizemos ou algo em que insistimos quando sabemos que não o é ou, pelo contrário, de que desistimos porque naquele momento há um (ou mais) qualquer valor que se levanta. Tem de ser sentido e vivido intensamente.
E é aqui que entram os gorilas! Lembrei-me um destes dias, ao ouvir a música do Bruno Mars, que nos esquecemos muitas vezes de que não são as flores ou os chocolates nem mesmo os jantares românticos que provam o quanto amamos alguém. São-nos sim aqueles momentos em que receamos que a Polícia de intervenção venha bater à porta a qualquer momento, alertada pelos vizinhos graças ao barulho que "aqueles dois estão a fazer. Um deles deve estar a matar o outro....". E só aí nos apercebemos de que voltámos às origens...que mais parece que há um casal de gorilas aqui por casa. 
O sexo é uma consequência de Deus. Diz o Pedro Chagas Freitas. E quem sou eu para o contrariar? É um sinal da nossa humanidade, mas também da parte primitiva que temos. Talvez por isso, o título não fale dele. Para não afrontar certas mentalidades....
Resumindo: amor é sermos verdadeiros. Connosco. E com quem amamos. E é brincar aos gorilas. Porque amamos. Não são metades de nada, mas complementam-se muito bem. Tão bem que o 1º sem o segundo é assim-pró-fraternal e o 2º sem o 1º é só desejo. Não é mau, mas não nos leva a ter de parar o beijo porque o sorriso que temos no rosto não nos permite continuar.
E pronto, era isto. Vão lá ao vosso Dia dos Namorados!


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Socorro, vem aí a aborrescência!!!!!

Quer dizer, já cá está há uns meses, mas começa a notar-se cada vez mais!
Não, não sou eu! Tenho um ar jovem, mas já passei dos 20! A adolescência ficou lá para trás há uns....quantos, poucochitos, anos.

5 miúdas a celebrarem juntas o Carnaval. E veio-me à memória o que fui (não me lembro nada de ser assim, mas....) e sobretudo o que me espera.
Dá para ignorar, mas não é a mesma coisa. Gritinhos histéricos e um zanga-já passou-és a minha bff, são típicas reacções. Não ouvir o que estamos a dizer ou a perguntar (ainda que o façamos 30 vezes...), também. Entrar numa espécie de transe em frente à televisão, a ouvir música ou a ler as mil e cinquenta e três mensagens no telefone, a essas já me habituei.
Mas há algumas que não vou nunca perceber. Não tomar banho. Usar sempre a mesma camisola ou calças porque-estas-é-que-eu-gosto-mesmo. Achar que se está gorda quando se é uma trinca-espinhas. Ou feia, quando se é de uma beleza estonteante. Faz parte, pois claro que sim, mas nunca vou chegar lá. 
Da cumplicidade quando estamos na mesma onda, disso gosto. De ainda não serem bem "crescidos" mas já terem mais certezas dos que já o são. De acharem que ainda se pode mudar o Mundo. De não entenderem porque é que esta ou aquela pessoa cometeu uma atrocidade do tamanho da Torre dos Clérigos (mas isso eu também não....).
A adolescência é a época mais difícil que se atravessa. Mas também a que nos pode envergonhar para o resto da vida (que raio de cabelinho era aquele? Nem acredito que me deixavas sair de casa naquele estado!!) e a que faz de nós Gente. Mais ou menos resolvida, com mais ou menos brilho. Assim Deus me dê paciência e não força, e a coisa dá-se!!!

P.S: e os namorados/as?? Valha-me o Vizinho-lá-de-cima!!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

4 estações....num só coração

(ao som de "The one" dos Kodaline)

A vida é muito assustadora. A menos que nos preparemos para o que aí vem. Que acreditemos.
Num só dia, as 4 estações podem atravessar-nos o coração. Nos últimos tempos, sinto que o Inverno se instalou no meu, naqueles que me rodeiam. Mas o verdadeiro, mesmo. Não aquele que temos vivido, antes um com neve até ao pescoço, vento e trovões assustadores.
Isto de manhã. Porque com o avançar do dia, começa, aqui e ali, a brotar uma e outra flor, o Sol insiste em romper por entre as nuvens e ouve-se um pequeno chilrear. Apesar de tímido e não abrasador, lá para meio da tarde surge o Verão. Ao longe sinto o calor da luz solar, o conforto da areia morna, quase mergulho no mar que convida a esquecer tudo. E a só recordar o que nos faz bem. Antes que chegue o Outono. É verdade que ainda encanta, porque tem um brilho especial. Porque há mais quem tenha o coração cheio de chuva e precise do nosso abraço. Mesmo que com poucas folhas, a árvore resiste aos abanos. E dá o abrigo possível. 
A certeza de que o Inverno está a chegar ao fim acalenta-me o ânimo. Faz-me crer que chegou Março e, se pensarmos que estamos em Portugal, daqui a uns 15 dias já podemos dar um saltinho a uma esplanada. Para rir muito, esquecer o que não interessa, aproveitar os dias que já são maiores e as noites menos frias.
Para o melhor e o pior. Há que estar preparado. Não porque seja assustador estar triste quando algo não é como queremos, mas sim porque estamos cansados de tanta mudança de estação. Isto podia estabilizar, mas não era a mesma coisa. Como é que saberíamos aproveitar quando estamos radiantes ou abrigar-nos quando a tempestade se instala? Acreditando. Preparando-nos. Estações vão e vêm. O que resta chama-se fé. Que o S. Pedro vai finalmente atinar com esta coisa e tudo se encaixe nos momentos certos. 
E, para quem não conhece:

https://www.youtube.com/watch?v=gVILookzrPw


sábado, 30 de janeiro de 2016

Onze já passaram....

Onze anos! 
Há uma década e mais doze meses vi-te pela primeira vez. A miúda que me pontapeava a barriga estilo prestes a marcar golo ou exigia um prato de papa antes de eu ir dormir. Porque juntamente com a banhoca quentinha, lá dentro no conforto da zona perto das costelas onde me espetavas o pé, ia era mesmo bem Nestum ou Pensal. Ainda que fosse meia-noite. Ou isso ou eu não adormecia....
Recordo-me de pensar: "estás tão tramada! Este piolho ficou-te com o coração....". E agora só difere mesmo a história da papa....e os pontapés, vá!! Esses deixaram a barriga e alojaram-se na mente. É cá uma ginástica para lhe dar a volta...
Um bocado gigante de mim. Melhor que alguma vez fui ou serei. Porque guarda nela a bondade e o desejo de mudar o Mundo para melhor, que só a rapaziada aquariana sabe ter. Tem pelo na venta mas um coração do mais doce que existe. O primeiro que lho partir terá certamente uma mãe-leoa pronta a caçá-lo....fica o aviso à navegação!
Parabéns meu pedacinho de céu que o Senhor-lá-de-cima fez o favor de me emprestar para eu cuidar, amar e tentar entender. Não é sempre fácil, mas é sempre fantástico. Ser tua mãe é o melhor presente que a vida me deu. Espero estar todos os dias à tua altura (mais uns meses e já me passaste.....raio da gaiata!!) e que possa olhar para trás sempre com um sorriso por tudo o que passámos. É uma aprendizagem para as duas, acredita. Assim me dêem paciência e coragem para o que ainda por aí vem. Se fores parecida comigo, bem vou precisar....
Onze anos do mais puro amor que existe: o meu por ti. Apesar deste dia ser o teu sê-lo-á eternamente como o mais marcante da minha vida. 30 de Janeiro. A data em que tudo mudou para mim. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

É com cada partida

A vida, ou lá quem é, adora pregar-nos partidas. 
Das que implicam que estamos a ir a algum lado, mas sobretudo daquelas em que temos de perceber para que lado é que queremos ou temos de ir.
Conhecermo-nos ou ao que há a fazer é a saída. Com mais ou menos paciência, mais ou menos fé. Cada vez custa mais, porque o caminho se torna mais próximo do final. Quem disse que no fim é fácil, enganou-se. E enganou-nos. 
Sabemos onde e a quem pertencemos. Ao menos isso evitasse tanta pergunta.... As respostas até podem parecer claras mas há um turbilhão de sombras que nos dificultam o caminho. 
Num dia acreditamos que agora é que é. No outro chove, troveja, é uma ventania pegada. Que nos afasta um bocadinho mais do destino. Poços de ar. Que parecem um desperdício a dar a algo tão precioso. 
Partidas que nos convencem que tirámos bilhete pelo percurso mais complicado. O que dá luta é mais saboroso. Sim, claro! Se estivermos a fazer massa sovada.... Desnorteados, andamos de um lado para o outro. Sem perceber o que fazer. Ou sim. Mas não era esse o caminho que queríamos. 
Talvez fosse mesmo para ser esse e não soubéssemos. Ou acharíamos que era simples. A verdade é que, não importa o que fazemos, vamos lá bater sempre.
Até ao dia em que nos tornamos no vento. Vogamos ao sabor do que acontece. Sem receios ou fragilidades. Não são asas que ganhamos mas sim liberdade. De trilhar o que é suposto, da forma que tiver de ser. Sem falsas partidas, sem ficarmos com a sensação que nos tiraram o chão porque, afinal, sabemos voar. E o nosso destino é-o onde quisermos ir. Sem partidas. Falsas ou das asas. 



sábado, 16 de janeiro de 2016

Caracóis e caracoletas

Esteve aqui hoje um freguês no estaminé que me deu uma ideia gira para um post. Ainda por cima, que me surpreendeu ao dizer que lê os disparates, perdão, os devaneios que pr'aqui escrevo.
Há pessoas que são como os caracóis. Deixam rasto ao passar.....
E pronto era só isto. Não?? Então vamos lá......
Gosto muito de caracóis. Começo a sonhar com uma pratada deles, quentinhos, logo a partir de Setembro. 
Pessoas-caracol não gosto. Só põem os "ditos" de fora quando lhes cheira a que há humidade no ar. Ou seja, que alguém anda triste ou há alguma situação que implica tristeza. Saem da casinha em que se escondem normalmente e aparecem a deixar baba por todo o lado. Tornam-se verdadeiros amiguinhos..... Gostava muito de poder deixá-los uns dias sem comer, para largarem a porcaria toda, pendurados uns com os outros, e depois lançá-los para uma panela cheia de especiarias (entre elas, uma cidade dos EUA! Certo, P??e caldos knorr e mais-não-sei-quê. E vê-los a cozinhar, leeeeeeentamente.
Pronto, é sádico, mas também as pessoas-caracol....gostam de ver o sofrimento dos outros. Alimentam-se disso. 
E onde é que entram as caracoletas na história?? Há quem não goste delas. Eu adoro. Cozinhadas na brasa, cheias de molho bem picante. O que me lembra outras coisas que também pegam fogo, e são picantes....mas fica para outra ocasião.
Huuuummmmmm, caracóis e caracoletas. Lembram o Verão, as esplanadas, o tempo de férias, o gozar muito a vida. E não estes dias cinzentos, de chuva, que me levam a acreditar que tenho musgo na parte de baixo dos sapatos. Ainda por cima, juntam-se a emoções em que parece que um furacão nos levou a alma. Em que nada sentimos a não ser um vazio gigantesco. Tristeza. Mas, curiosamente, até aprendi com este sentimento que tanto temia. Que há dias em que temos nós de criar o nosso próprio Sol. Em que acreditamos que, se nada podemos fazer para mudar uma situação, mais vale não nos inquietarmos com ela, nem tentar fazer seja o que for pela mesma. Isso e comer caracóis. Às carradas!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Reconhecimentos

Se há dia que fica na memória pelo orgulho que senti, foi hoje.
TSF: logo pela manhã uma peça na rádio sobre a nossa parceria com aquela empresa de logotipo vermelho que começa por V e acaba em fone...e o meu testemunho.... Uma colega de há quase 30 anos lembrou-me que naquele tempo já havia quem fosse a luz e outros a sombra. E que me deixou com tantas saudades....e tão orgulhosa!
Conferência sobre Comunicação Interna: lá enganei mais uns na ideia de que percebo alguma coisa do tema. Sala cheia, que medo! 160 pessoas a ouvir e a perguntar....foi tão mais confortável o papel de só assistir...especialmente ao caso da empresa concorrente da acima, cujo nome é a 3ª pessoa do plural.... Mas fiquei com a sensação do dever cumprido. A empresa ficou bem representada e os nossos meninos das entregas são quem nos deixa.....orgulhosos!
Prémio Cinco Estrelas: a rede de lojas de proximidade para entrega de encomendas mais espectacular do mundo é vencedora. A mais brilhante estrela! Momentos mágicos....até porque o Mário Daniel nos deu o enorme prazer de participar nos seus números. Portugal ficou a brilhar ainda mais a partir de hoje.... Que orgulho!!!
Reconhecimentos que significam que, de quando em vez, faço alguma coisa bem.... Que gostar do que se faz é tão bom quanto fazer o que se gosta. Tenho a grata honra de ter ambos. Consta que pisar cócó dá sorte....agora percebo o porquê do dia de ontem..... 
Hoje estou tão orgulhosa. Só por hoje. Amanhã regressa o cócó.....

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Revelações

E, um dia, atinge-nos. Não é o que andamos cá a fazer pelos outros ou os outros por nós. É o que fazemos por nós mesmos. Chega o dia em que nos perdoamos pelo que fizemos ou deixámos de fazer. Em que não há mais inimigos.
Todos agem como lhes parece melhor. Ninguém deve julgar ninguém. Muito menos o devemos fazer a nós mesmos. Pensar demasiado nas coisas leva-nos a perder demasiado tempo. E este é tão precioso para ser desperdiçado..... 
Termos medo é o mais natural e antigo sentimento. A melhor maneira de o vencer é, como em tudo, juntarmo-nos a ele. Abraçá-lo e perceber o que nos quer dizer. O instinto está lá desde que o Homem existe. É o que mais primitivo e certo temos. Aceitar. E aprender.

Sermos audazes não é enfrentar ou lutar contra o medo. É saber que existe, perceber porquê e avançar. Com o coração. Com o que somos, temos, cremos. E aquilo que for para ser, será. Não é conformismo ou destino ou fatalidade. É somente ir com a corrente.
Porque se gostamos (ou nem por isso) temos de acreditar que está certo. Doa a quem doer. Menos a nós mesmos. Ainda que tenhamos medo. Não nos vamos magoar. E se sim? Levantamo-nos e começamos tudo de novo. Sem perdões, sem desculpas. Porque sim. O melhor dos motivos. O único que não tem algo que seja refutável.
Um dia, atinge-nos.......

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Quando nos falta um não-sei-quê

Sou certamente inconformada. Perfeccionista, talvez. Uma coisa que sempre me irritou foi deixar algo a meio. Talvez por isso não seja forçosamente fã de filmes em sequelas, prequelas, episódios, chamem-lhes o que quiserem. Faltar uma peça num puzzle significava mandar logo aquilo pela janela.....
Talvez por ser assim, ando sempre num "contentamento descontente" como dizia o inquilino do Mosteiro dos Jerónimos. O tipo da pala no olho, não sei se estão a ver quem é. Falta-me sempre qualquer coisa. Se está calor, podia estar mais. Se faz frio, o Verão é que era. Se só temos 2 horas, queria 2 dias. 
Não pode ser só perfeito. Tem de ser rápido. Estilo, já. E inesquecível. E irrepetível, todos os dias. Do género de, quando pára, assemelha-se ao final de uma tempestade: silêncio depois da tormenta. Coisas espalhadas por todo o lado. Uma felicidade esboçada num sorriso. O coração que volta a bater....ou que finalmente sossega.
Mas há dias ou momentos em que parece ainda faltar mais-qualquer-coisita. Quando nem aquela música que vamos a ouvir no carro e a dançar, apesar de estarmos há mais de 1 hora no trânsito, nos anima totalmente. Os vizinhos dos carros do lado, da frente e de trás acham que sim (tal é a agitação de braços e de cabeça) mas a verdade é que aquilo acaba e continua a faltar qualquer coisa. Ainda se eu fosse de gostar de chocolate, comia um e passava.... 
Uma casa cheia de gente, um escritório a abarrotar de malta na risada e, ainda assim, falta je-ne-sais-quoi. O tal puzzle que é esta cabeça (este coração?) continua a indicar que o desenho não se finalizou. 
E quem é que encaixa na perfeição e faz com que não falte nadinha??? A acompanhar na sequela.....
(Se calhar despacho já isto, não?)
Tu, faltas só tu. Aquela peça que, por mais que pareçam haver outras, é a certinha, a que completa a figura. Um beijo e um abraço que durem de agora até....essa mesma ocasião que estás a pensar. Nenhuma outra. Tu. 



domingo, 3 de janeiro de 2016

O pote das coisas boas

Desafiaram-me a ter um pote onde só coloco as coisas boas que me acontecem no dia. No final do ano, pelo menos devem estar lá 366 papelinhos.....
O primeiro dia não trouxe nenhum motivo para papel. Antes para o pote das tristezas. O peixe laranjinha juntou-se aos seus amigos no grande oceano.... Só não chorei porque não calhou....e ganhar coragem para dizer à miúda??? Pronto, é desta que não há mais bichos cá em casa....além de quem cá mora e de um aranhiço e mosquito aqui e ali. Rest in peace Tita. Com isso veio a obrigatória mudança de sítio de algumas coisas e o arrumar de outras. Feng Shui para começar o ano da melhor forma. Mas não dá direito a papel para o pote...

Segundo dia, precisava de ir ver o mar. Para confirmar umas coisas e perguntar-lhe outras. Porque o dia estava bom e eu precisava de paz. Pote: aí vai o papel número 1!

Motivos para alegrias, daqueles que merecem ir para o pote. Espero ter muitos. Mesmo!! Porque geralmente lembramo-nos da sensações mas não forçosamente do que as causou. E no dia 31 de Dezembro vai ser tão bom sentir tudo de novo. Que 2016 foi mesmo feliz. Let's hope so.