terça-feira, 16 de agosto de 2016

Vida, morte, amor

Queria muito assistir ao filme Me before You (Viver depois de ti, em exibição nas nossas salas de cinema). Apesar de já saber o final queria mesmo ver.
Além da BSO ser genial (espreitem lá no final deste post o link à música do meu amigo Dan e os restantes Imagine Dragons) gosto particularmente do humor britânico que o trailler trazia aqui e ali. 
Posso ser uma chorona, e se calhar por isso mesmo vos digo que é melhor não irem ver....

Lembro-me de uma aula no liceu em que tínhamos de fazer um debate sobre a eutanásia. A mim calhou-me a defesa do tema. Recordo os argumentos usados. Que me mereceram um Muito bom do professor. E foram mais ou menos os mesmos que aqui se apresentam.
Não há nada que eu mais defenda que a Vida. Ainda que não se torne mais simples para a frente. Quite the contrary..... Mas também percebo o que pode levar alguém a querer terminar com o sofrimento. Direito à dignidade na vida e na morte. Ser a pessoa a decidir se quer ou não continuar a sofrer....

E como é que se liberta alguém que se ama profundamente porque está a sofrer? Como é que deixamos o nosso egoísmo e abraçamos o do outro? O amor maior pode ser esse mesmo: letting go. Ainda assim, eu sou a pessoa mais self centered do Mundo e gosto de pensar que o amor salva tudo. Até ao fim.
Agarrar a vida com as duas mãos. E os pés. E o que mais tiver de ser, mas ir sem lutar é que não. Quando se está próximo de uma experiência de quase-morte, ninguém sabe o que se sente, o que se sonha, o que se pensa ou como se imagina que será o futuro. Só mesmo quem lá está. Tendo dito isto, só mesmo com amor pela Vida e por nós mesmos é que decidimos o que fazer. For myself. I wont go. Not today. É isso que gosto de imaginar que nos cruza o pensamento.
Na minha visão romântica da coisa, quando nos acontece a maior prova de vida de sempre e a superamos é porque algo fantástico está para acontecer. Porque não era a nossa hora. Porque faltava viver a coisa mais extraordinária de todas: o amor maior. Por alguém, ou por nós mesmos. Ou ambos!
E ver o sorriso de alguém que amamos assim que acordamos, poder beijá-la intensa e profundamente até ao fundo da alma, pisar a areia molhada, mergulhar no mar, ver a gigantesca Lua que hoje está no céu, sentir o calor do Sol na pele, cheirar um perfume que tanto gostamos e nos traz de volta as memórias mais queridas que temos, são algumas das imensas coisas que nos justificam esta infindável vontade de viver. 

Não vão ver, a sério. Porque sentimos a impotência, a (in)justiça, o "porquê-comigo". Ou então sim. Para sorrirem, rirem, chorarem. E perceberem que somente o amor justifica as nossas decisões. 

You show them Dan! https://www.youtube.com/watch?v=trig1MiEo1s



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