sábado, 4 de julho de 2015

Aquelas coisinhas que vivem na cabeça

Finalmente um post sobre piolhos e lêndeas, pensarão. Não, ainda não é desta!!
É mesmo de pensamentos.... Sentimentos não tanto, que esses (pelo menos eu....) guardamo-los no coração.
Isto a propósito do filme Divertidamente. Ir ver com 3 miúdas pré-adolescentes põe as próprias a chorar e as mães a explicarem umas coisas. Eu à minha, sei que tive de o fazer... Porque sai mesmo à mãezinha, benza-a Deus!!!! 
Sabes como se afasta a tristeza? Chorando. Traz a alegria de volta, diz-que! Duas personagens sem as quais não se vive. Sempre de mãos dadas, o que uma faz a outra desfaz. 
A raiva tem muita piada. É das minhas!!! É agora que expludo e digo palavrões.... Leva-nos a fazer e dizer coisas sem pensar, mas livra-nos tantas vezes da tristeza....
O medo não nos deixa avançar. Alimenta-se do que mais sinistro temos escondido e agiganta-se se o deixamos. Não traz a tristeza mas certamente não nos permite abraçar a alegria. 
A repulsa protege-nos do que nos pode fazer mal. Está lá para nos por um travão e costuma trazer o medo consigo. Muitas vezes provoca a raiva.....até se pode tornar uma porreira, afinal.
Voltamos ao princípio: alegria e tristeza. Eu não permito que a segunda vença, sou uma das mais fervorosas adeptas da primeira. Quem me conhece sabe que até dou pulinhos…mas acontece-me, agora mais que nunca, entender porque podemos andar tristes. Escondemo-nos nas convenções sociais e não permitimos que a felicidade viva declarada no nosso rosto, no que vivemos. Se eu pensasse menos, era tão feliz. São tão poucos os dias em que sou mesmo feliz. Acho mesmo que são somente umas horas na semana. Tudo expressões que calamos e que só revelamos ao ser que mais profundamente nos conhece e que não nos censura. Aquele que nos faz feliz. Por minutos, horas, dias. Que nos coloca um sorriso nos olhos e a alegria na boca. Que afasta o medo, atenua a raiva, nunca nos traz repulsa, apaga a tristeza e nos faz crescer a alegria. Pelo qual sentimos que vale a pena. Por minutos que se tornam a razão de ser do nosso viver. Mas porque esse mora no coração apesar de nos agitar o cérebro, terá de ficar para outro dia. Para um outro filme.

P.S: há coisas do camandro! Eu a ler um livro da Pixar (quer dizer, ensinamentos à moda deles) e surge este filme. Os tipos são uns génios. Como é que cores, formas do corpo ou do cabelo nos levam a criar associações tão directas a pensamentos, a sensações?? Os miúdos acham piada mas estes filmes são mesmo é para os crescidos. As entrelinhas são demasiado complexas.... Cheira-me a sequela, não tardará!

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