segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Balanços, pois claro

Numa palavra descrevo este ano: estranho. Talvez dividido em várias partes. 
Primeiro trimestre inquietante, breath taking. Incomparável, inesquecível, imprevisível. 
Segundo trimestre de términos. Do que era dado como adquirido, de novos começos, de inquietação, de viver com o coração na mão. 
Terceiro trimestre de pausas. Para arrumar ou desarrumar de vez o que se pensa, o que se sente. De preparação para o resto do ano. 
Quarto trimestre de surpresas. Das boas, das menos boas. De muito trabalho, de muita expectativa. De rir e chorar. De cansaço e alegria. De "gosto de ti" sentidos. De pensar nisto da vida, no que raio cá andamos a fazer.
Não pode ser só acordar, correr o dia todo, dormir, e recomeçar. E o que fica de nós no que fazemos? E o que é de nós nos outros e deles em nós? 
Não ter tempo para amar, mas amar mesmo. Não é isso que quero para mim, muito menos quando 365 dias novinhos se aproximam. Para acreditar que vai tudo ser melhor. Como no primeiro trimestre, com esperança, excelentes memórias, certeza de que "isto sim é viver, isto sim é ser feliz". Menos confusões, menos incertezas, menos zangas, mais "vale a pena", mais, muito mais acreditar. 
Foi um ano em que fiz mais quilómetros de avião (milhas, diz-se milhas.....) e de automóvel que em qualquer outro na minha vida. Porque o trabalho assim o obrigou, já que passeio foi poucochito. Mas aproveita-se sempre, claro! As reuniões estilo Allô-Allô (tantos sotaques, que quase imagino o René ou o maluco do polícia britânico a gritar "I have a massage forr'yu!), os almoços estilo come-se-tão-bem-em-Portugal-que-saudades, as palestras para sala cheias ou quase vazias nos cantos mais recônditos de Portugal (sim PME Digital, foram muitas horas de evangelização sobre o Pick me!...). As horas intermináveis nos aeroportos. Por vezes com surpresas agradáveis (ainda nem acredito que tive lata para tirar uma selfie com o Dan dos Imagine Dragons!!!!!) mas na sua maioria com o "corre para a porta A51, afinal é na B36". 
Em jeito de balanço, gostei deste ano. Amei e amo muito. Fui e sou muito amada. Mas sem complicações era tão melhor. Podia não servir para aprender, para perceber o real valor das coisas. É bom ser surpreendida....embora ser assegurada de que há coisas que são permanentes faz falta e sabe bem.
Venha 2015. Que me surpreenda e seja "the year of my life". At least this one that now ends was a great preparation for it... Sê bem-vindo. 
2014, obrigada pelo que me ensinaste, pelo que me deixaste viver. Acredita que deixas grandes memórias. Aos que fizeram parte da minha vida neste ano, obrigada. Aos que repetem a dose para o ano uma mensagem: nunca mais aprendem?? Ainda lêem estas cenas?? Pronto, está bem, deixem-se ficar aí que estão mesmo muito bem :)



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