sábado, 6 de dezembro de 2014

O que resta....

Não consigo deixar de associar locais a momentos da vida. Passar numa certa rua lembra sempre uma altura boa ou má por que passei. Das menos boas fica a lembrança de que fiquei mais forte com o que aconteceu, que aprendi a lição. Das extraordinárias quase saboreio a intensidade com que as vivi. Têm som de fundo, cheiro associado, frio ou calor, chuva ou sol. Está sempre toda a memória ali.
E nada é mais saboroso (quer dizer, há certas coisas que são, como dizê-lo, amazingly delicious) do que o que nos faz falta repetir. Só porque sim, porque nos faz feliz, porque merecemos. Caminhos que calcorrearia de bom grado todos os dias.
Ainda que seja uma espécie de loucura, de nada vale contrariar a vontade. Das boas sensações, daquelas que sentimos se fecharmos os olhos ou esticarmos o braço. Do que tivémos, aproveitando muito ou mais ou menos, mas que nos deixa uma sensação de euforia. Já nem me consigo concentrar em mais nada, de repente os minutos viram horas e estas tornam-se tormentosos dias. A espera é que nos mata, ouvi nem sei onde. A espera de sabermos que está tão perto aquilo que nos falta. E que insiste em tardar. É hoje, é amanhã, um destes dias por certo. Resta-nos isso...

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