sexta-feira, 6 de março de 2015

Deus é um brincalhão!

Tu tens a certeza de que vais escrever sobre Deus, Carla??? Yes! Sim! Porque não?? 
É que, para mim, falar com Ele como se fosse um amigo, dá nisto. Gritar com ele porque estou fartinha, dá nisto. Quanto a vocês não sei, mas a mim, Ele tira-me do sério! Rio-me sozinha a imaginar como se deve divertir a ver os disparates que fazemos. Inquieto-me quando penso o quão triste deve estar com a humanidade. O mapa é dele, mas o caminho é nosso. Caramba, grande GPS o Homem tem....para nos conseguir manter na rota certa!! 
Na certa que Ele é um brincalhão. Tantas vezes Lhe digo que já não me apetece brincar mais áquilo mas ou está surdo ou finge que não me ouve! Ou então está lá para cima a sorrir, a abanar a cabeça e a dizer "é mesmo assim, mas vai passar, tudo passa". Tenho é menos vontade de rir que Tu, ok?? 
O mais giro em Deus é quando lhe pedimos para nos dar um sinal. De que devemos fazer isto ou aquilo ou de que a vida vai seguir tal ou tal caminho. E ele dá! Nós é que andamos distraídos e, geralmente, quando não é preciso (ou tarde demais) é que os vemos.  
Não compreendo mas aceito que Ele queira pôr-me continuamente à prova. Quando acho que sei as respostas, Ele vem e muda as perguntas (li isto a propósito da vida, mas achei que com Deus se aplica na perfeição). Sou muito bem mandada mas mal comportada. Não me vou sem lutar e Ele sabe. Mais ou menos tipo "faço se me explicares o propósito, só porque sim não sou eu". Posso ter vontade própria, sim?? Ou livre-arbítrio ou lá como lhe queiram chamar. 
Ele vai continuar a brincar comigo. E eu a gritar com Ele. Até chegarmos a um compromisso. Ele abdica de umas coisinhas e eu de outras. No final da conversa, sinto que Ele ganha sempre. Mas rio-me a imaginar a cara Dele ao pensar porque é que criou um feitio como este, como é que não me colocou um botão sim-senhor-fazemos-assim, ou como é que ainda resisto com um sorriso. Embora me apeteça cada vez menos rir (acho que me estou a repetir). 
Tens vários, do tamanho que quiseres, mas gostava de Te oferecer um relógio. E um calendário. Para ires vendo o tempo que já passou desde que não fizeste o que combinámos. Podia ser que trocássemos de papéis: passava eu a ser a brincalhona. E podia voltar a soltar gargalhadas como tanto gosto. A verdade é que passa tudo demasiado depressa e ainda não sei ler todos os sinais. Podes ser mais óbvio, faxavor? Sem as vozes ao ouvido, obrigada! Esquizofrenia é uma cena que não me assiste. 
Brincalhão, hem?? Explica lá o que queres que eu faça neste mundo, para nos rirmos os dois...

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