segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Amor vs cérebro

Embora possa parecer repetitiva, direi sempre que poucas coisas são tão opostas e quase rivais como o amor e o cérebro.
A razão do cérebro não compreende a ilógica do amor.
Porque é que se ama? Qual é a lógica por detrás disto? Seja porque for, nada faz mais sentido do que amar alguém. Contrariam-se as normas, fazemos ou pensamos como não acharíamos "normal" noutra ocasião. 
Quando li que o Michael Schumacher, que saiu agora de coma e que foi considerado como quase irrecuperável pela Medicina, reage à voz da mulher ou dos filhos chorando, porque não tem outra forma de expressar que está vivo, só me resta concluir que o amor é muito mais inteligente, decidido e forte que o cérebro. 
Ainda que insistamos em pensar com o cérebro aquilo que devíamos agir com o coração, ocasiões existem em que não podemos fazer mais do que permitir que o amor vença. Talvez eu seja uma romântica incorrigível, mas acredito na vitória do sentir sobre o pensar. 
O cérebro deve ser guardado e treinado para aquilo que foi criado para fazer. Quando se trata de emoções, não me parece que ele seja o órgão ideal. Sou impulsiva, dizem que sim, mas sei que me controlo demais....ou pelo menos o suficiente para as convenções sociais instituídas. Se fosse só coração, neste momento não estaria a escrever mas a fazer. Amor, pois claro! Não forçosamente aquele que levaria a que este post tivesse outra conotação, mas o outro, o que nos leva a gritar cá dentro do peito o nome de quem se gosta. Aquele que nos faz chorar e rir porque estivémos juntos, ou porque não estamos. Que nos leva a ter mais saudades ainda quando acabámos de sair do abraço de quem gostamos. Que lógica tem isso??, diz o cérebro. Pois se estiveram juntos...o que faz sentido é ter saudades quando não o estão há muito tempo, right? Wrong! 
Porque o amor deve ser tratado todos os dias como algo muito precioso. E quando não se pode estar em presença dele, começamos a habituar-nos a ter um vazio no lugar do que costumamos ter no peito: o coração. Não sei bem se conseguimos sempre isto, ou se, como se diz, a paixão só dura os primeiros 5 anos (há algumas que nem 3 meses...), mas gosto de acreditar que sim. Que o que nos faz querer tanto estar com alguém não se esbate no meio das coisas-que-temos-para-fazer-todos-os-dias, na confusão do que vivemos. Que só se alimenta do que lhe quisermos dar: carinho, paixão, tes** (não posso escrever esta palavra....ainda me ralham!!!!), mensagens carinhosas ou mais-ou-menos-ranhosas (um "És muito tonta, mas eu gosto de ti assim!" é sempre agradável!), muitos mas mesmo muitos beijos repenicados e abraços apertados. Ora aqui está uma excelente resolução de Ano Novo: amar mais e melhor. Dizer "amo-te" nem que seja noutro idioma qualquer ("ti voglio tanto bene" parece-me mesmo bem! "Je t'aime" sussurado também não está mal. "I love you" parece simples mas é forte. E por aí adiante....). 
Ai amor, amor, tratam-te tão mal!!! Ou isso ou sou mesmo eu que sou uma lamechas.....


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