segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Do amor e de outras coisas maradas....

(ao som de You're never gonna be alone, dos Nickelback)

Nascemos sozinhos (quer dizer, estava lá a nossa mãe...), vivemos sozinhos (com a companhia das pessoas certas, claro, e das incertas também...) e morreremos sozinhos (ainda que dando a mão, naquele momento, à pessoa mais especial da nossa vida, se tivermos essa sorte!). Gosto particularmente de uma ideia a propósito da morte: se viveres até aos 100 anos, eu quero viver esse tempo todo menos 1 dia, porque não quero passar nem 24 horas sem ti (coisa mais lamechas, né??)
É uma "cena" fabulosa quando descobrimos a pessoa que nos faz sentir que nunca mais vamos estar sozinhos. Eu chamo-lhe "a minha filha" mas também "amor" (quer dizer, não lhe chamo "amor", que acho pindérico, mas outro nome muito mais original e menos....coiso! Algo tipo "boy scout").
O amor é assim uma espécie de tatuagem que passa por nós: fica-nos para sempre. Podemos camuflar um amor com outro, porque o 1.º já não nos assenta bem, mas uma decisão de ficar com aquele amor para sempre, colado no nosso corpo, nunca é leviana (nem com uma valente bebedeira nos queixos!). É mesmo algo que se entranha e que adoramos ver em nós. Há quem nos chame loucos (por termos uma tatuagem ou um amor inexplicável) mas é o que dá sermos tudo menos convencionais no que se refere a sentimentos. 

Quando é amor sabemos. Cá com mer**** é que não! Porque a menor menção do nome dele nos arrepia, qualquer mensagem/notícia/leve sinal da sua presença nos tira o chão. Porque o queremos ver feliz, connosco ou sem nós. Porque não se explica, só se sente, só se vive, não sai da gente (era para rimar, que eu não digo "da gente", ehehe!). 
Todas as cartas de amor são ridículas, dizia Álvaro de Campos. Eu digo: todas as histórias de amor são ridiculamente "a melhor", desde que seja a nossa. Nenhum amor é mais forte, nenhum mais intenso do que aquele que vivemos. É ou não é? Todos pensam isso do seu amor. Se não pensam, será mesmo amor? 
Sou muito desassossegada, eu sei, passam o tempo a perguntar-me porque raios é que eu faço tanta pergunta, me inquieto tanto. Digo que é porque não sou capaz de aceitar o "mais ou menos e já 'tá mais que bom". Ferve-me o sangue nas veias, quase que se fritam os neurónios (poucochitos, mas não param quietos...), é assim uma espécie de descontentamento. Sempre com optimismo e fé de que um dia será mesmo tudo muito melhor. E sempre desinquietando os outros, aqueles que valem a pena. Os que têm o amor à flor da pele mas que o escondem atrás da racionalidade do "parece mal". Só que sabe tão bem.......
Sei que Deus me perdoa, apesar de não ser uma menina bem comportada ou ajuizada....porque Ele gosta dos irreverentes, dos que usam sandálias quando chove a potes (mas o que é que me passou pela cabeça hoje de manhã??), dos que se recusam a aceitar que certo certo é seguir o que "sempre se fez". Certo certo é seguirmos o que a nossa voz interior (o anjinho ou diabinho que vive no nosso ombro) nos diz, o que as entranhas gritam, e que até o cérebro acredita que tem mesmo de ser ou ele próprio explode! 
E, sim, a minha é a melhor história de amor que existe. Porque eu acredito e esse é o mistério para tudo dar certo!



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