quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Os sons do amor

O amor tem imensos sons. E ainda bem porque o que dá calor e justifica a vida deve ser mesmo barulhento. Discreta só a tristeza, o amor quer-se alegre e espalhafatoso!!
Ainda que esses sons sejam em plena madrugada, e no andar de cima, if you get my point....(as filhas foram passar a noite fora, hem?? Ou foram os pais??) 
O amor tem um som que nos encanta: o que escolhemos para "you've got a message", aquele que nos deixa tão felizes quando o ouvimos ou nos leva a confirmar 50 vezes se o telefone não está no silêncio, quando nem há sinal dele. 
Tem também som de uma enorme gargalhada porque o nosso mais-que-tudo tem o dom de nos fazer rir (sem isso, o amor não sobrevive. Rir em conjunto com quem amamos devia ser obrigatório, estilo uma prescrição médica ou ter um decreto-lei a regulamentá-lo....). Quase conseguir ouvir o som da tua gargalhada quando te mando uma mensagem que só tu vais entender. Que não diz nada, mas tudo. 
A nossa música, aquela que nos diz tanto, ou, simplesmente, ouvir uma em particular e pensar imediatamente em quem nos tem o coração preso ao seu.
Das estrelas cadentes a rasgar o céu, quando lhes peço um desejo. Ou aquele que o mar faz, quase parecendo dizer o meu nome, tal como o dizes. Da chuva a cair lá fora enquanto estamos, confortavelmente, braços nos braços, pernas com pernas.....e do resto nem um som vão ouvir da minha boca!!
O som que o teu nome faz na minha mente, no meu corpo, no meu coração.  
O do chorar baixinho ou desesperadamente a soluçar. Por estarmos muito felizes ou muito tristes com o amor. Por aquelas coisas que só nós sabemos que doem como nenhumas outras. 
O som do nada dizer. Das mãos dadas, dos olhos nos olhos. Ou das conversas intermináveis, de dia, de noite, de madrugada. Sussurradas. Entre-cortadas pelos sons que, por vezes, são os vizinhos a ouvir.... 

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